UOL


São Paulo, sábado, 22 de março de 2003

Próximo Texto | Índice

PAINEL FC

Estilingue
Ricardo Teixeira classificou de "escândalo" o fato de seu desafeto Farah ter dado a vantagem na final ao São Paulo. "Temos 27 competições estaduais no país, e a única com confusão é a de SP."

De fora
O presidente da CBF disse que leu o regulamento do Paulista "por curiosidade" e que é "cristalino" que o Corinthians, seu aliado, tem a vantagem. Mas que não teve nenhuma influência na decisão de Luiz Zveiter (STJD).

Na última hora
A decisão do Corinthians de só entrar anteontem no TJD-SP foi planejada. Se tivesse protocolado o recurso antes, o tribunal teria tempo hábil para julgar o caso. A cúpula do clube avaliava que, com uma derrota no órgão paulista, seria "muito difícil" reverter a situação no STJD.

Freguês
Os descontentes no São Paulo voltaram a reclamar que o clube não tem força no STJD. Na mesma instância, o time já foi eliminado da Copa do Brasil-95 pelo uso do volante Lima e, em 1999, perdeu no caso Hiroshi.

Cadeira vaga
Em guerra com a FPF, os corintianos agora questionam porque, sempre que há confusão, Farah está licenciado. No auge da crise do Rio-SP-2002, estava em Portugal com a seleção. No ápice do imbróglio sobre as TVs, sem dar explicações, passou o bastão para o então vice Reinaldo Carneiro Bastos.

Imunidade
A Comissão Disciplinar da FPF multou Vampeta em R$ 50 mil por causa de suas declarações. Mas ignorou o fato de Emerson Leão, amigo e sócio da família Farah, ter dito que foi Paulo César de Oliveira quem eliminou o Santos com sua atuação na derrota para o São Paulo.

Corrente
Corinthians e São Paulo entrarão juntos no Morumbi com faixa da campanha Fome Zero.

Recordar é viver 1
Frase de Farah quando da crise dos cartões no Rio-SP-2002. "Ninguém notou o problema. Estou arrependido de não ter lido cuidadosamente o regulamento. Fui desatento."

Recordar é viver 2
Frase dita na mesma época por Marcelo Portugal Gouvêa, presidente do São Paulo, clube que foi beneficiado pelo critério de cartões no Rio-SP. "Mais absurdo que o regulamento em si seria mudá-lo a essa altura do campeonato."

Recordar é viver 3
Comentário do vice corintiano Roque Citadini, no auge da crise, em abril de 2002: "Dirigente não lê regulamento. Regulamento é que nem seguro de carro e de vida. Se você lê, não assina". E o clube voltou a referendar as regras no Paulista-03.

DNA
O deputado estadual Romeu Tuma Jr. (PPS) respondeu a seu colega Wagner Salustiano (PSDB), que o acusou de ter copiado sua idéia de pedir uma CPI do Futebol Paulista. "O líder do partido dele assinou o requerimento. Se nem o líder sabe que ele quer essa CPI, como eu iria saber? Não faltei com ética. Ele, que é um pastor, um homem de Deus, não deveria mentir."

Burocracia
A diretoria da Ponte Preta diz que Adrianinho deixou de ser chamado para defender a Áustria pois a federação e o técnico da seleção preferiram analisar a documentação do atleta, que comprova que ele jamais vestiu a camisa do Brasil. A papelada do atacante foi enviada ontem.

Próxima missão
Ao fechar com Nelsinho, Radamés Lattari venceu a primeira guerra como gerente remunerado do Flamengo. Havia quem defendesse Renato Gaúcho e Oswaldo de Oliveira. Agora, quer levar Paul Angioni, ex-Flu e Palmeiras, para ser seu braço direito na Gávea.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do goleiro são-paulino Rogério, sobre as provocações do corintiano Vampeta:
- Acho um pouco de babaquice, mas, se ele se sente bem fazendo, tudo bem.

CONTRA-ATAQUE

Tudo direitinho

Às vezes, um time pequeno tem de fazer malabarismo para manter as portas abertas.
Em Itabaianinha (SE), o presidente do Olímpico, Sílvio Romero Andrade, sofreu um baque em 97, quando o time ficou sem patrocínio. Sem condições de seguir na primeira divisão do Sergipano, ele pediu licença à federação e dispensou os atletas.
- Furaram com a gente. Sem dinheiro, tivemos que nos desfazer de algumas coisas da sede e repassar outras para pagar os atletas. Perdi geladeira nova, televisão, parabólica e até novilho.
Mas Andrade prosperou. Após três anos fora do Sergipano, o Olímpico voltou na segunda divisão, venceu e hoje, além de atuar na elite, tem dois patrocinadores que ajudam a pagar a folha de pagamento (R$ 9.000).
- O que importa é que pagamos tudo direitinho.


Próximo Texto: Talvez sem campeão, acaba hoje o Paulista da bagunça
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.