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VÔLEI
A batalha
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Desta vez, MRV-Minas e
BCN/Osasco fizeram o jogo
que você, eu e nós dois esperávamos para uma final de Superliga
Nacional. As duas equipes travaram uma batalha ao longo de cinco sets. Com um paredão no bloqueio, o Minas venceu o quinto
set e levou à decisão para o terceiro confronto, no sábado.
Foi um jogo dramático, especialmente para as mineiras. Donas da melhor campanha do torneio, elas tinham caído, sem resistência alguma, diante do BCN na
primeira partida das finais com o
surpreendente placar de 3 sets a 0.
Anteontem, uma nova derrota
daria o título de campeão para o
adversário.
O Minas esteve por um fio ao
longo de todo o jogo. Nos dois primeiros sets, tinha vantagem de 22
a 19 e permitiu a vitória de Osasco. No terceiro set, voltou a abrir
uma vantagem pelo mesmo placar, mas conseguiu mudar a história. Venceu este set e os dois seguintes com um saque poderoso e
um bloqueio perfeito.
O Minas, da levantadora Fofão,
saiu fortalecido: conseguiu superar a tensão de não poder perder
os três últimos sets do jogo. E a
equipe foi vitoriosa nesta prova
de fogo. Mais: no sábado, terá a
vantagem de fazer o terceiro, e último confronto da série final, no
ginásio do Mineirinho.
A confiança, adquirida pelas
mineiras, será o maior obstáculo
para o BCN. Você sabe: em uma
final, o emocional é mais poderoso do que qualquer tática. O certo
é que Osasco perdeu a chance de
ser campeão anteontem, quando
tinha as cartas na mão. Agora,
vai ter de remar contra a maré.
Tecnicamente, o BCN, da atacante Virna, tem uma vantagem:
mais opções no banco de reservas.
No último confronto, por exemplo, as cinco reservas entraram
em quadra. As substituições, feitas com precisão pelo técnico Zé
Roberto, sempre dificultam a
marcação do adversário.
Mas, no vôlei moderno, a vitória também sempre depende de
um bom saque. No primeiro jogo,
o BCN destruiu com um saque
curto. No segundo, o time mineiro
contra-atacou com saque longo e
forte. Resta aguardar para ver
quais as armas que as duas equipes vão apresentar.
Uma das novidades da seleção
brasileira começa a entrar em
prática hoje: dez jogadores, convidados pelo técnico Bernardinho,
iniciam os treinos no Rio. Eles
não estão inscritos na Liga Mundial. São atletas jovens que vão
ter a chance de trabalhar com a
seleção e mostrar o seu potencial.
Dos dez relacionados, seis têm
estatura na casa dos dois metros.
Vale um registro: no feminino, o
maior número de revelações da
temporada foi na posição de meio
de rede. Exemplos não faltam:
Katia Rodrigues (Pinheiros), Marina (Minas), Cláudia (Rexona),
e Valeskinha (Osasco).
No masculino, a maior parte
das revelações apareceu em outra
posição: na ponta de rede. A própria lista do técnico Bernardinho
confirma: dos dez jogadores convidados, seis são ponteiros, três levantadores e um central.
Dos ponteiros relacionados,
dois foram os maiores pontuadores da Superliga.
Fabiano Bittar, 22 anos e 2 m,
jogou 22 partidas pelo Santo André e marcou 373 pontos, média
de 17 por partida. Ashlei Nemer,
21 anos e 1,92 m, ficou na vice-liderança: em 22 jogos pela Uneb,
assinalou 367 pontos.
Italiano 1
Os times do Modena e Sisley Treviso vão iniciar a luta pelo título do
Campeonato Italiano a partir do próximo sábado. A disputa que
define o campeão acontecerá em uma série melhor de cinco partidas. O Treviso, que tem em seu elenco os atacantes Bernardi, Papi e
Fei, é o atual campeão italiano. O Modena, que tem como destaques o levantador norte-americano Lloy Ball, o russo Roman Iakovlev e o italiano Andrea Giani, conseguiu conquistar o título nacional pela última vez em 1997.
Italiano 2
O Ferrara, dos brasileiros Giba e Gustavo, não conseguiu passar
pelo Modena nas semifinais. A equipe perdeu as três primeiras
partidas, de uma série de cinco. No primeiro jogo, a derrota do
Parma foi por 3 sets a 2, no segundo, por 3 a 1, e no último, por 3 a 0.
Na outra semifinal do Italiano, o Treviso eliminou o Parma, equipe
do russo Dineikine, que já jogou no Brasil.
E-mail cidasan@uol.com.br
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