DA REPORTAGEM LOCAL

Com a queda do regime de Saddam, o Comitê Olímpico Internacional, que analisava denúncias de torturas contra atletas iraquianos a mando de Uday Hussein, irá encerrar as investigações.
A entidade acha que não faz mais sentido continuar os trabalhos, que poderiam levar à desfiliação do comitê do Iraque, já que ele não é mais presidido por Uday e terá que ser reconstruído.
O filho de Saddam foi acusado por ex-atletas do país de tortura e assassinatos.
Um deles teria sido obrigado a deitar sobre piche quente após falhar em uma prova, outro teria tido pés e mãos quebrados e uma equipe de vôlei teria passado cinco dias confinada em um quarto minúsculo, em que os jogadores, que não receberam alimentos, não tinham espaço para ficar de pé.
Sob a administração de Uday, o esporte iraquiano viveu forte crise. Na última Olimpíada, em 2000, por exemplo, enviou apenas quatro atletas a Sydney.
O filho de Saddam costumava responsabilizar a guerra com o Irã, nos anos 80, e o embargo econômico imposto pela Organização das Nações Unidas, que vigora desde 1991, pelas dificuldades para desenvolver o esporte iraquiano. Além do comitê, ele presidia a federação de futebol do país. (JCA)



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