São Paulo, quinta-feira, 22 de abril de 2004

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FUTEBOL

Em casa, equipe e torcida decepcionam na volta à Série A do Brasileiro

Palmeirenses não saem do 0 em reestréia na elite

Fernando Santos/Folha Imagem
Muñoz, vaiado pela torcida do Palmeiras, é pressionado por rival


PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras, que entrou em campo pressionado pela crise que ronda o elenco e sob a desconfiança dos torcedores após a eliminação nas semifinais do Campeonato Paulista, não passou de um melancólico 0 a 0 em sua volta à elite do futebol brasileiro.
A equipe do técnico Jair Picerni não empatava sem gols havia nove meses. O último 0 a 0 do Palmeiras ocorrera ainda na Série B do Nacional-03, em 21 de junho.
O clima tenso que tomou conta do clube nas últimas semanas teve reflexos nas arquibancadas. Ontem, os palmeirenses não repetiram o que faziam quando o time estava na segunda divisão, quando lotavam o Parque Antarctica para apoiar a equipe.
Para piorar a situação, o técnico Jair Picerni ainda teve um problema de última hora. O volante Magrão, com dores no joelho direito, realizou um teste no vestiário e não enfrentou o Atlético-MG.
O Palmeiras iniciou a partida tentando forçar o ritmo, principalmente pela esquerda, com Lúcio, mas a boa marcação da equipe mineira e o gramado pesado atrapalharam a estratégia.
À exceção de um chute de Diego Souza, que obrigou o goleiro Eduardo a uma grande defesa, o Palmeiras pouco fez. Sem objetividade, o time cadenciava demais o jogo, que esfriou de vez quando parte de uma torre de iluminação do estádio apagou aos 24min.
A partida ficou paralisada por 14 minutos, até que os refletores fossem acesos novamente. O primeiro tempo recomeçou num ritmo lento e nem a bola na trave do Palmeiras em desvio de Tucho esquentou a primeira etapa.
No segundo tempo, o time voltou mais atento, mas também, mais suscetível aos contragolpes do Atlético-MG. Na segunda metade da etapa final, o Palmeiras só não levou o gol dessa maneira graças a duas boas intervenções do goleiro Marcos.
E nem mesmo a mudança de Picerni, que trocou Diego Souza -um dos palmeirenses mais criticados pela torcida- por Fábio Gomes, mudou o panorama do confronto. O time paulista ainda esbarrava na forte marcação mineira. Com o resultado de 0 a 0 prevalecendo em campo, o time ficou mais afobado e já não conseguia ameaçar o gol defendido por Eduardo, como fizera no início do segundo tempo.
No final, o time mineiro se trancou na defesa e segurou o empate. Para o próximo jogo, contra o Internacional, em Porto Alegre, no domingo, Picerni não sabe se poderá contar com Magrão. O jogador será submetido hoje a uma ressonância magnética para saber o grau de sua lesão no joelho.


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