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FUTEBOL
Em casa, equipe e torcida decepcionam na volta à Série A do Brasileiro
Palmeirenses não saem do 0 em reestréia na elite
Fernando Santos/Folha Imagem
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Muñoz, vaiado pela torcida do Palmeiras, é pressionado por rival |
PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras, que entrou em
campo pressionado pela crise que
ronda o elenco e sob a desconfiança dos torcedores após a eliminação nas semifinais do Campeonato Paulista, não passou de
um melancólico 0 a 0 em sua volta
à elite do futebol brasileiro.
A equipe do técnico Jair Picerni
não empatava sem gols havia nove meses. O último 0 a 0 do Palmeiras ocorrera ainda na Série B
do Nacional-03, em 21 de junho.
O clima tenso que tomou conta
do clube nas últimas semanas teve
reflexos nas arquibancadas. Ontem, os palmeirenses não repetiram o que faziam quando o time
estava na segunda divisão, quando lotavam o Parque Antarctica
para apoiar a equipe.
Para piorar a situação, o técnico
Jair Picerni ainda teve um problema de última hora. O volante Magrão, com dores no joelho direito,
realizou um teste no vestiário e
não enfrentou o Atlético-MG.
O Palmeiras iniciou a partida
tentando forçar o ritmo, principalmente pela esquerda, com Lúcio, mas a boa marcação da equipe mineira e o gramado pesado
atrapalharam a estratégia.
À exceção de um chute de Diego
Souza, que obrigou o goleiro
Eduardo a uma grande defesa, o
Palmeiras pouco fez. Sem objetividade, o time cadenciava demais
o jogo, que esfriou de vez quando
parte de uma torre de iluminação
do estádio apagou aos 24min.
A partida ficou paralisada por
14 minutos, até que os refletores
fossem acesos novamente. O primeiro tempo recomeçou num ritmo lento e nem a bola na trave do
Palmeiras em desvio de Tucho esquentou a primeira etapa.
No segundo tempo, o time voltou mais atento, mas também,
mais suscetível aos contragolpes
do Atlético-MG. Na segunda metade da etapa final, o Palmeiras só
não levou o gol dessa maneira
graças a duas boas intervenções
do goleiro Marcos.
E nem mesmo a mudança de Picerni, que trocou Diego Souza
-um dos palmeirenses mais criticados pela torcida- por Fábio
Gomes, mudou o panorama do
confronto. O time paulista ainda
esbarrava na forte marcação mineira. Com o resultado de 0 a 0
prevalecendo em campo, o time
ficou mais afobado e já não conseguia ameaçar o gol defendido por
Eduardo, como fizera no início do
segundo tempo.
No final, o time mineiro se trancou na defesa e segurou o empate.
Para o próximo jogo, contra o Internacional, em Porto Alegre, no
domingo, Picerni não sabe se poderá contar com Magrão. O jogador será submetido hoje a uma
ressonância magnética para saber
o grau de sua lesão no joelho.
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