São Paulo, sábado, 22 de abril de 2006

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Violência, pra quê?

Bastou o Grêmio fazer 42 faltas e parar o badalado Corinthians no domingo passado para muita gente dizer que esse é o caminho do sucesso. Telê Santana, incansável defensor do jogo limpo e sem brutalidade, certamente discordaria. E com razão: no Campeonato Brasileiro de pontos corridos, abusar da violência pode até servir para ganhar uma batalha, mas jamais a guerra.
Nas três edições disputadas nesse sistema, o campeão cometeu menos infrações que a média geral.
Foi assim com Cruzeiro, em 2003, Santos, em 2004, e Corinthians, em 2005, que apelaram bem menos do que os concorrentes.
O clube mineiro foi o primeiro campeão nos pontos corridos sendo a agremiação mais leal da competição. Um ano depois, o Santos foi o segundo menos faltoso -e ficou com a taça.
No ano passado, o Corinthians, com média de 23 infrações, foi o sétimo time que menos fez faltas.
Em boa parte dos casos, bater foi o caminho para a segunda divisão. Em 2005, por exemplo, o Coritiba foi o segundo mais faltoso, e o Atlético-MG, o quinto. Ambos acabaram degolados e hoje amargam a Série B.
E o que fez o Grêmio no domingo passado, em especial Jeovânio, autor de seis faltas, está ficando fora de moda no maior campeonato do país. A média de infrações vem caindo sistematicamente no Brasileiro. Ela já foi de 55 por partida e ficou em 48 no ano passado.


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