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Violência, pra quê?
Bastou o Grêmio fazer
42 faltas e parar o badalado Corinthians
no domingo passado
para muita gente dizer que esse é o caminho do sucesso.
Telê Santana, incansável defensor do jogo limpo e sem brutalidade, certamente
discordaria. E com
razão: no Campeonato
Brasileiro de pontos corridos,
abusar da violência pode até
servir para ganhar uma batalha, mas jamais a guerra.
Nas três edições disputadas
nesse sistema, o campeão cometeu menos infrações que a
média geral.
Foi assim com Cruzeiro,
em 2003, Santos, em 2004, e
Corinthians, em 2005, que
apelaram bem menos do
que os concorrentes.
O clube mineiro foi o primeiro
campeão nos pontos corridos
sendo a agremiação mais leal da
competição. Um ano depois, o
Santos foi o segundo menos faltoso -e ficou com a taça.
No ano passado, o Corinthians,
com média de 23 infrações, foi o
sétimo time que menos fez faltas.
Em boa parte dos casos, bater
foi o caminho para a segunda divisão. Em 2005, por exemplo, o
Coritiba foi o segundo mais faltoso, e o Atlético-MG, o quinto.
Ambos acabaram degolados e hoje amargam a Série B.
E o que fez o Grêmio no domingo passado, em especial Jeovânio,
autor de seis faltas, está ficando
fora de moda no maior campeonato do país. A média de infrações
vem caindo sistematicamente no
Brasileiro. Ela já foi de 55 por partida e ficou em 48 no ano passado.
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