São Paulo, domingo, 22 de abril de 2007

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Clãs dominam e marcam Santos e rival no Morumbi

Teixeira e Chedid simbolizam adversários que disputam hoje vaga na decisão no Paulista e poder de suas famílias

Com presidente único neste século, equipe do litoral encara o Bragantino do sobrinho, filho e neto de seus antecessores


JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

PAULO GALDIERI
ENVIADO ESPECIAL A BRAGANÇA PAULISTA

No novo milênio, apenas um sobrenome tem dominado os camarotes destinados à presidência do Santos: Teixeira.
O mesmo ocorre com a área reservada aos dirigentes do Bragantino no estádio Marcelo Stéfani: há sempre cadeiras para membros da família Chedid.
Além da disputa por uma vaga na final do Paulista, o jogo entre Santos e Bragantino, hoje, às 16h, no Morumbi, no qual o clube do litoral sul joga pelo empate, mostrará o domínio de dois clãs nas agremiações.
De um lado está a família Chedid, com um histórico no comando do clube de Bragança Paulista desde os anos 50.
Entre idas e vindas à frente do clube, azarão nesta tarde, estão 39 anos. Apenas de 1976 a 1986 o clube não foi presidido por alguém ligado aos Chedid.
No comando desde 1999, Marco Antônio Abi Chedid, o Marquinho, representa a quarta geração da família. Antes dele, estiveram à frente do clube seu pai, Nabi Abi Chedid (1958/65), seu avô, Hafiz Abi Chedid (1970/76), e seu tio Jesus Abi Chedid (1987/97).
Pelo lado do Santos, a tradição dos Teixeira é menor.
Milton Teixeira foi o responsável pela introdução do sobrenome na direção do Santos -comandou entre 1983 e 1987.
Quatro anos depois foi a vez de Marcelo Pirilo Teixeira, seu filho, assumir a presidência do clube e lá ficar até 1993.
Após sete anos fora, Marcelo voltou ao Santos e permanece até pelo menos o fim deste ano, quando acontecem eleições.
E, apesar do domínio dos clãs, continuísmo ou coronelismo são palavras que não cabem às administrações dos Teixeira e dos Chedid, pelo menos para o presidente do Bragantino.
"Não existe continuísmo. Vejo como pessoas que gostam de futebol", comenta Marquinho Chedid. "É uma família corajosa, que toca um clube e coloca dinheiro do bolso no time."


NA TV - Santos x Bragantino
Globo (para SP), Band e Sportv, ao vivo, às 16h



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