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Clube amador da periferia forma a base do time de Bragança Paulista
DO ENVIADO A BRAGANÇA PAULISTA
Na era do tão decantado profissionalismo no futebol de elite, o Bragantino, apesar de dar
um passo à ressurreição ao figurar nas semifinais do Paulista, vai na contramão.
Enquanto clubes grandes em
má fase, como Corinthians e
Palmeiras, enxergam a saída ao
apostarem em suas categorias
de base, a equipe do interior
nem sequer se preocupa em ter
garotos sob seus cuidados.
É no futebol amador (ou
"varzeano") que o clube busca
novos talentos, numa estratégia que relembra o passado,
mas de forma bem moderna.
Na prática, o Bragantino
"terceirizou" seu nascedouro
de atletas. O clube Legionários,
da periferia de Bragança, é o
principal fornecedor de novos
jogadores para o clube.
Sem bancar despesas com os
garotos, o Bragantino os recebe
quando o Legionários os indica
para atuar profissionalmente.
"Já temos peças de reposição
para quando esses jogadores
deixarem o clube", orgulha-se
um dos diretores do Bragantino, conhecido como Amâncio.
Em troca da dica e da cessão
gratuita, o Bragantino dá uma
ajuda de custo para manter as
atividades do clube amador.
A tática de peneirar nos campos amadores novos talentos já
fez o Bragantino declinar contratações de veteranos, que
custariam caro, como o atacante Viola e o meia Sérgio Manoel,
que foram oferecidos. O clube
avaliou que poderia criar problemas de relacionamento.
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