São Paulo, domingo, 22 de abril de 2007

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Clube amador da periferia forma a base do time de Bragança Paulista

DO ENVIADO A BRAGANÇA PAULISTA

Na era do tão decantado profissionalismo no futebol de elite, o Bragantino, apesar de dar um passo à ressurreição ao figurar nas semifinais do Paulista, vai na contramão.
Enquanto clubes grandes em má fase, como Corinthians e Palmeiras, enxergam a saída ao apostarem em suas categorias de base, a equipe do interior nem sequer se preocupa em ter garotos sob seus cuidados.
É no futebol amador (ou "varzeano") que o clube busca novos talentos, numa estratégia que relembra o passado, mas de forma bem moderna.
Na prática, o Bragantino "terceirizou" seu nascedouro de atletas. O clube Legionários, da periferia de Bragança, é o principal fornecedor de novos jogadores para o clube.
Sem bancar despesas com os garotos, o Bragantino os recebe quando o Legionários os indica para atuar profissionalmente.
"Já temos peças de reposição para quando esses jogadores deixarem o clube", orgulha-se um dos diretores do Bragantino, conhecido como Amâncio.
Em troca da dica e da cessão gratuita, o Bragantino dá uma ajuda de custo para manter as atividades do clube amador.
A tática de peneirar nos campos amadores novos talentos já fez o Bragantino declinar contratações de veteranos, que custariam caro, como o atacante Viola e o meia Sérgio Manoel, que foram oferecidos. O clube avaliou que poderia criar problemas de relacionamento.


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