São Paulo, domingo, 22 de abril de 2007

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Atleta foge do assédio do Panamá

DA REPORTAGEM LOCAL

Além das melhores condições de treinamento, Irving Saladino aprecia a tranqüilidade que desfruta no Brasil. Isso porque, líder mundial, transformou-se em uma celebridade no seu país.
"E bom no Brasil. Por lá, tenho que ficar escondido, ir treinar em um horário não apropriado", conta o atleta. A fama também lhe causou riscos. "Dizem que ganhei US$ 1 milhão, o que não é verdade. É até meio perigoso."
Mas o panamenho ressalva que não pensa em se naturalizar brasileiro. Declara amar seu país, onde pretende viver após a aposentadoria. Tanto que sempre passa as férias, no final do ano, em Colón, sua cidade natal.
Outro motivo para se manter longe do Panamá é a pressão por seus resultados. "Criou-se uma expectativa grande de que posso ser medalha de ouro, inclusive na Olimpíada [de Pequim, no ano que vem]", contou.
Para se ter uma idéia do que isso representa, o país da América Central nunca ganhou uma medalha olímpica de ouro. Também não há medalhas recentes obtidas em Jogos Pan-Americanos.
A regularidade de Saladino aumenta essa expectativa: ele obteve uma média de saltos de 8,40 m em um ano, 16 cm a menos que sua melhor marca. "Ele tem uma consistência impressionante", diz o treinador Nélio Moura.
No Panamá, o esportista foi recebido em carro aberto depois de consolidar sua primeira posição no ranking. Até o ministro do Esporte foi celebrar o novo ídolo, que surgiu em competições escolares em seu país.
Saladino ainda sente saudades da música e da comida do Panamá, pois não gosta do pagode -prefere a salsa -e da falta de pimenta daqui. Sente-se à vontade, contudo, ao lado da namorada brasileira Keila Costa, que é a segunda do ranking de saltadoras do Brasil.0 (RM)


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