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Atleta foge do assédio do Panamá
DA REPORTAGEM LOCAL
Além das melhores condições de treinamento, Irving
Saladino aprecia a tranqüilidade que desfruta no Brasil.
Isso porque, líder mundial,
transformou-se em uma celebridade no seu país.
"E bom no Brasil. Por lá,
tenho que ficar escondido, ir
treinar em um horário não
apropriado", conta o atleta. A
fama também lhe causou riscos. "Dizem que ganhei US$ 1
milhão, o que não é verdade.
É até meio perigoso."
Mas o panamenho ressalva que não pensa em se naturalizar brasileiro. Declara
amar seu país, onde pretende
viver após a aposentadoria.
Tanto que sempre passa as
férias, no final do ano, em
Colón, sua cidade natal.
Outro motivo para se manter longe do Panamá é a pressão por seus resultados.
"Criou-se uma expectativa
grande de que posso ser medalha de ouro, inclusive na
Olimpíada [de Pequim, no
ano que vem]", contou.
Para se ter uma idéia do
que isso representa, o país da
América Central nunca ganhou uma medalha olímpica
de ouro. Também não há medalhas recentes obtidas em
Jogos Pan-Americanos.
A regularidade de Saladino
aumenta essa expectativa:
ele obteve uma média de saltos de 8,40 m em um ano, 16
cm a menos que sua melhor
marca. "Ele tem uma consistência impressionante", diz o
treinador Nélio Moura.
No Panamá, o esportista
foi recebido em carro aberto
depois de consolidar sua primeira posição no ranking.
Até o ministro do Esporte foi
celebrar o novo ídolo, que
surgiu em competições escolares em seu país.
Saladino ainda sente saudades da música e da comida
do Panamá, pois não gosta do
pagode -prefere a salsa -e
da falta de pimenta daqui.
Sente-se à vontade, contudo,
ao lado da namorada brasileira Keila Costa, que é a segunda do ranking de saltadoras do Brasil.0
(RM)
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