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Mercosul já embola datas no fim do ano
da Reportagem Local
A confusão no calendário que o
futebol brasileiro vive atualmente
vai se repetir no segundo semestre.
Divulgadas de forma oficial anteontem, as tabelas da Copa Mercosul e do Brasileiro têm partidas
de um mesmo clube do país marcadas para o mesmo dia ou com
apenas 24 horas de intervalo.
Como agora, em que disputa simultaneamente três torneios, o
Corinthians será o mais prejudicado. O time tem três datas com jogos marcados pelas duas competições. No dia 25 de agosto, por
exemplo, a equipe teria que pegar
o Independiente (ARG) pela Mercosul e o Juventude pelo Brasileiro.
"Não sabia dessas coincidências.
Mas era um problema já esperado,
porque só o Brasil tem jogos nacionais no meio da semana na América do Sul. Vamos esperar o segundo semestre para resolver o problema", diz Luiz Henrique de Menezes, diretor de futebol remunerado do Corinthians.
Dos sete clubes do país que vão
disputar a Mercosul, apenas São
Paulo e Vasco não têm jogos com
datas próximas ou coincidentes no
segundo semestre.
Os dois clubes, porém, assim como os outros times brasileiros que
já ganharam a Libertadores, podem ter jogos pela Supercopa,
competição que ainda não tem datas e regulamento definidos.
Como geralmente a Confederação Sul-Americana não muda seu
calendário, o Nacional pode bater
um novo recorde de alterações na
sua tabela original.
No ano passado, um quinto dos
jogos da fase de classificação da
competição aconteceu fora da sua
data original.
Essa confusão no calendário deve proporcionar mais um semestre
cheio para os clubes.
Caso um time brasileiro chegue
às finais da Mercosul e do Brasileiro, irá totalizar 43 jogos em 150
dias, média de um a cada 84 horas.
²
Regulamento
Mesmo com o anúncio oficial da
tabela do Brasileiro, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e os
clubes ainda não decidiram o regulamento da competição.
Inicialmente, os clubes optaram
pela realização de dois quadrangulares com os oito clubes classificados na primeira fase para definir o
finalista da competição.
A CBF prefere o regulamento do
ano passado, com série melhor de
três partidas entre dois clubes nas
quartas-de-final, semifinais e final.
O impasse deve ser resolvido só
no início da próxima semana.
Pelo interesse do público nas
duas últimas edições do Nacional,
a fórmula preferida pela CBF tem
mais chances de sucesso.
No Brasileiro-98, com o sistema
de séries eliminatórias, a média de
público nas quartas-de-final e semifinais do torneio foi de 34.853
pagantes por jogo.
Em 97, com o sistema de quadrangulares, a média nas finais foi
de 23.636 torcedores por jogo.
Esse regulamento também ficou
marcado por proporcionar o jogo
com o pior público da história da
competição -Juventude x Lusa,
que, já eliminados no quadrangular supostamente decisivo, levaram apenas 55 torcedores ao estádio Olímpico de Porto Alegre.
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