São Paulo, domingo, 22 de maio de 2005

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OLIMPÍADA

Meta é saber como tratar jornalistas nos Jogos
Pequim-08 pede ajuda aos EUA para aprender a domar a mídia

DA REPORTAGEM LOCAL

A pouco mais de três anos dos Jogos Olímpicos de Pequim, representantes da China resolveram sair em busca de instituições norte-americanas que possam ajudá-los a tratar com a imprensa internacional durante o evento.
A meta do governo comunista é aprender como domar os mais de 12 mil jornalistas de todo o mundo esperados no país em 2008. Para isso, recorreu a especialistas americanos que pudessem explicar tópicos como a Primeira Emenda da Constituição americana (que garante a liberdade de imprensa e a de expressão), o funcionamento de uma imprensa livre e o que esperar dos repórteres.
O primeiro convênio foi firmado com a Fundação Nieman, da Universidade de Harvard.
O acordo, porém, acabou cancelado após uma série de protestos. Uma das preocupações dos insatisfeitos com a parceria era que os chineses usassem as técnicas para melhorar suas habilidades de manipular informações, uma vez que a China não pratica a liberdade de expressão.
Essa não foi a primeira vez que a Olimpíada de Pequim enfrenta protestos relacionados aos direitos humanos na China. Em 2001, quando foi escolhida para abrigar os Jogos, o COI (Comitê Olímpico Internacional) teve que lidar com uma série de manifestações contrárias à eleição.
À época, a Anistia Internacional pediu o fim da política de execuções no país -de dezembro de 2004 até janeiro deste ano, foram pelo menos 650 vítimas- e a organização Repórteres sem Fronteiras, um grupo de defesa dos direitos de jornalistas, chegou até a sugerir o boicote à Olimpíada.

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