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Boca Juniors
anula armas
dos brasileiros
DA REPORTAGEM LOCAL
O técnico do Boca Juniors,
Carlos Bianchi, conseguiu efetuar com sucesso o que considerava sua maior missão na decisão de ontem: parar as duas
maiores estrelas do Palmeiras,
o lateral Júnior e o meia Alex.
O argentino, que havia conquistado o título da Libertadores em 1994, quando o Vélez
Sarsfield bateu o São Paulo nos
pênaltis, também no Morumbi,
mudou a escalação de sua equipe para anular os jogadores.
Para tanto, tirou o meia Gustavo Schelotto, que havia atuado no primeiro jogo, e colocou
o experiente Basualdo, ex-jogador da seleção argentina que
tem como ponto forte seu poder de marcação.
"O Júnior não é um lateral, é
um meia", disse o técnico argentino, na véspera do jogo.
Além da entrada de Basualdo, Carlos Bianchi deslocou
Bataglia para o setor direito de
seu meio-campo, com o objetivo principal de colar em Alex.
Principalmente no primeiro
tempo, o time argentino dominou o setor intermediário do
campo e brecou o "cérebro"
palmeirense.
A torcida, irritada com a falta
de criatividade dos brasileiros,
chegou a pedir raça aos jogadores ao final da etapa inicial.
Júnior teve uma atuação apagada. Sua única grande chance
no jogo aconteceu no segundo
tempo, quando ficou cara a cara com Córdoba. O goleiro, um
dos destaques do Boca na partida, fez grande defesa.
O mesmo aconteceu com o
meia Alex, que costuma "sumir" em jogos decisivos.
Com o setor de criação comprometido, o Palmeiras apelava para os lançamentos para
Euller, na esquerda, mas, bem
postada, a zaga argentina conseguia evitar as jogadas do veloz atacante palmeirense.
Alex e Júnior foram dois dos
principais jogadores da equipe
de Scolari na Libertadores. De
seus pés, saíram as principais
lances de gol do Palmeiras no
mais importante torneio de
clubes da América do Sul.
Os dois estavam cotados, ao
lado do goleiro Marcos, para
receber o prêmio de melhor
atleta da Taça Libertadores da
América, que seria entregue ao
final da decisão.
(FM)
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