|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
QUARTAS/ ONTEM
Inglaterra dá só dois chutes a gol, mesmo com um jogador a mais no 2º tempo
Bombardeio rival acaba na partida mais temida
DOS ENVIADOS A SHIZUOKA
Acabou o bombardeio.
Na partida contra o adversário
mais forte até agora, a seleção brasileira não passou sufoco. O ""são
Marcos" do jogo contra a Bélgica
fez apenas uma defesa, não muito
difícil, contra a badalada Inglaterra ontem -só contra a frágil China, ainda na primeira fase, tinha
feito defesa solitária.
O "English Team" finalizou só
duas vezes contra o gol do Brasil.
Dinate da Costa Rica, também na
primeira fase, o gol de Marcos foi
alvo de fato 19 vezes. Nas oitavas-de-final, a seleção belga finalizou
14 vezes contra o gol brasileiro.
Apesar de ter saído atrás no
marcador e de ter perdido um de
seus melhores jogadores, expulso,
o jogo foi até tranquilo.
Em cinco jogos, o Brasil sofreu
quatro gols. A Inglaterra, que tinha a melhor defesa até ontem,
sofreu três gols em cinco jogos.
""A defesa brasileira tem estado
muito bem neste torneio", disse
Marcos, respondendo às críticas
que foram feitas ao setor, especialmente por europeus.
O gol inglês ontem, de Michael
Owen, surgiu de uma falha individual de Lúcio, o que mostra que o
conjunto do sistema defensivo
brasileiro funcionou.
""Na verdade, não foi culpa do
Lúcio. Foi uma falha de marcação
do time, que permitiu a bola chegar até ali", afirmou Marcos, tentando dar força ao colega.
Os três zagueiros brasileiros fizeram praticamente metade dos
desarmes da equipe -foram 54
desarmes juntos, sendo que a seleção fez 113 em toda a partida.
O trabalho da defesa brasileira
foi facilitado pelo tipo de jogo inglês. Mesmo quando estavam
com um jogador a mais em campo, insistiram nas bolas lançadas
à área -foram 15 lançamentos
no total, segundo o Datafolha,
sendo que os ingleses acertaram
apenas 17,2% dos cruzamentos.
O atacante Ronaldo tratou de
defender a defesa. ""Ela tem sido
sempre apontada como o ponto
fraco do Brasil, mas eu estou feliz
que nós superamos isso."
O centroavante disse que o trabalho do meio-campo ajudou a
aliviar a pressão na defesa. ""Acho
que nós neutralizamos o jogo inglês quase que completamente,
porque a jogada principal deles
era no meio-campo, e eles não
conseguiram criar nada."
A partida contra a Inglaterra foi
a que a equipe brasileira perdeu
menos bolas (42), fez menos lançamentos (8) e realizou menos
cruzamentos (11) no Mundial.
Mesmo com um jogador a menos, o Brasil manteve a posse de
bola por 29min39s, praticamente
seis minutos a mais que a Inglaterra. Com uma eficiência de
88,4% de acerto nos passes, o time
de Luiz Felipe Scolari sofreu apenas três contra-ataques.
Prova clara da tranquilidade
brasileira: Marcos não precisou se
ajoelhar, apontar para o céu e
agradecer a Deus nem uma vez.
(FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG, RODRIGO BUENO E
SÉRGIO RANGEL)
Texto Anterior: Memória: País é de novo o líder do ranking de expulsões em Copas Próximo Texto: Frase Índice
|