São Paulo, sábado, 22 de junho de 2002

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QG do time vira balcão de negócios

DO ENVIADO A SHIZUOKA

O sucesso do Senegal, estreante no Mundial, transformou a equipe em um verdadeiro balcão de negócios. A concentração tem sido sistematicamente invadida por empresários, interessados em tirar do futebol francês alguns dos principais atletas senegaleses.
Liverpool, Manchester United, Lazio e Sampdoria seriam clubes que já teriam feito propostas.
O meia Salif Diao, que jogava no Sedan (França), disse que já acertou com o Liverpool e que, depois da Copa, atuará no time inglês.
Até Bruno Metsu, o francês que dirige o Senegal e tem contrato com a federação do país até o próximo ano, contou já ter recebido duas ofertas de clubes europeus.
Uma delas causou polêmica. Teria sido de um time turco, o que irritou a direção da federação senegalesa, já que a Turquia é o adversário nas quartas-de-final.
A fim de evitar que os atletas se desconcentrem, dirigentes avisaram que, se o Senegal passar para as semifinais, a entrada de empresários não será mais permitida.
Outra preocupação é a indisciplina. Segundo dados da Fifa, a equipe terminou as oitavas-de-final como uma das mais indisciplinadas, com 12 amarelos e um vermelho. Mesmo assim, leva vantagem no quesito sobre a Turquia.
Os europeus levaram dois vermelhos, ambos na estréia, contra o Brasil, e 13 cartões amarelos.
"Não se deve fazer faltas bobas e reclamar. Uma expulsão à toa pode estragar nosso trabalho", disse o atacante El Hadji Diouf. (JCA)


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