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Brasil vence, mas só segue vivo se ganhar mais uma
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A LYON
Com uma magra vitória de 1 a 0
sobre os EUA, ontem, em Lyon, o
Brasil manteve as chances na Copa das Confederações, mas voltará a precisar de uma vitória para
não ser eliminado de uma competição mundial adulta da Fifa pela
primeira vez em 37 anos.
Se tivesse vencido o fraco time
norte-americano por pelo menos
dois gols de vantagem, o time de
Carlos Alberto Parreira estaria
classificado às semifinais do torneio com um empate, amanhã,
contra a Turquia. Como só conseguiu fazer um gol, só garante vaga
se bater a seleção européia, oitava
colocada no ranking da Fifa.
O confronto será quase um ano
depois da semifinal da Copa-2002, quando, com um gol de Ronaldo, os brasileiros despacharam
os turcos, que antes também haviam perdido o confronto com o
time de Luiz Felipe Scolari na primeira fase do Mundial.
Se o Brasil falhar, repetirá o fiasco da Copa da Inglaterra, em 1966,
quando caiu na primeira fase.
Segundo Parreira, a intenção no
jogo de ontem contra os americanos não foi segurar o 1 a 0. "Isso é
uma idéia totalmente errada. Não
conseguimos fazer o segundo gol
porque não foi possível. No intervalo, falamos sobre a importância
do segundo gol. Nós conhecemos
o regulamento e sabíamos que
precisávamos dele para jogar com
a vantagem do empate", afirmou
o treinador, que, no entanto, não
fazia questão dessa possibilidade.
"Para nós, não muda nada. Nós
tínhamos que ganhar os dois jogos para nos classificar sem depender de ninguém. Ganhamos o
primeiros e agora vamos atrás do
segundo", disse Parreira, em discurso repetido por todos os seus
jogadores. "Vamos descansar durante um dia e partir com tudo
para ganhar da Turquia na segunda-feira", disse o atacante Adriano, melhor brasileiro ontem.
Ao contrário do que fez após a
derrota para Camarões, Parreira
não falou em mudanças para a
partida decisiva de amanhã, em
Saint-Étienne -o time de ontem
deve mesmo ser mantido.
Com mais uma pífia atuação
ofensiva, o Brasil não melhorou
de forma considerável a produção
de seu ataque na temporada. Agora, sempre com Parreira no comando, são seis jogos em 2003.
Nesses confrontos, o time marcou
apenas cinco vezes, média de apenas 0,83 por partida. Por outro lado, a defesa continua em boa fase
-em seis jogos, o Brasil foi vazado apenas três vezes.
A Copa das Confederações já
tem Camarões, que ontem venceu
a Turquia, e a anfitriã França na
fase semifinal. Hoje, Japão e Colômbia decidem outra vaga. As
semifinais acontecem na quinta-feira, e a decisão, no domingo.
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