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Qatar, US$ 1,5 mi para Romário em três meses, seduz brasileiros
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
De olho nas ofertas milionárias,
o atacante Romário foi o primeiro
brasileiro famoso a se aventurar
no desconhecido futebol do Qatar, em pleno Oriente Médio.
Agora, uma série de jogadores
de destaque no futebol carioca está sendo seduzida pelos árabes.
Os flamenguistas Edílson e Felipe
e os vascaínos Edmundo e Marcelinho já receberam propostas para se transferirem para o Qatar na
próxima temporada, que será
aberta em setembro.
Embora já tenham praticamente acertado os valores para deixar
o país daqui a três meses, os quatro jogadores preferem não emitir
opinião sobre o assunto. Eles temem ser criticados por torcedores dos seus clubes.
"A proposta era muito boa, mas
a minha cabeça agora está no Flamengo. Vamos deixar isso para a
frente", afirmou o atacante Edílson, tentando desconversar. Os
outros três também fazem silêncio quando o assunto é o Qatar.
Os grandes nomes do futebol
brasileiro fazem parte de uma estratégia dos dirigentes do país,
que pretendem realizar o maior
campeonato da história em setembro. Eles querem colocar um
jogador brasileiro em cada clube.
Dinheiro não é o problema para
os árabes. O atacante Serginho,
que era companheiro de Romário
no Al-Saad, disse que já jogou vários amistosos com apostas.
"No ano passado, os xeques das
duas equipes envolvidas apostaram US$ 1 milhão. Meu time venceu por 3 a 2, e fiz um gol", disse
Serginho, contratado pelo Fluminense após pedido de Romário.
Milionário, Serginho, que é torcedor do Fluminense, disse que
não levou em conta o salário oferecido pelos dirigentes tricolores
para jogar pelo clube. Ele vai receber cerca de R$ 5.000 mensais.
O atacante jogou mais de cinco
temporadas no futebol árabe.
Desconhecido no Brasil, Serginho
atuou pelo Corinthians nos anos
90. Em setembro, ele deverá voltar para o mundo árabe. Desta
vez, jogará na Arábia Saudita.
Além de Serginho, Romário
trouxe do Qatar outro "peixe",
como chama os seus amigos, para
o Fluminense. O zagueiro Felipe
Veras se apresentou nesta semana. Ele estava havia dois anos jogando em países árabes.
Apesar dos altos salários oferecidos no Qatar, a experiência pode não ser das melhores para os
brasileiros. O exemplo clássico é o
de Romário, que não escondeu
que ficou decepcionado com a
sua passagem pelo Al-Saad.
"A temporada não foi positiva,
perdi um pouco do meu objetivo,
de me aproximar ao máximo dos
mil gols [ele tem 863]", disse o jogador, que recebeu US$ 1,5 milhão para jogar apenas três jogos.
Ele se desentendeu com o técnico
e não marcou nenhum gol durante os três meses no Qatar.
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