São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 2006

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Treinador esconde a escalação

DO ENVIADO A DORTMUND

O confronto com o Brasil será o 72º jogo de Zico como técnico do Japão. Nos 71 anteriores, ele divulgou com antecedência a escalação da equipe. Mas o de hoje será diferente.
A indefinição virou a cabeça dos jornalistas japoneses, que ontem bombardearam o técnico atrás de pistas sobre a equipe e dos motivos que o levaram a adotar inédito mistério.
"Desta vez é uma circunstância diferente", afirmou. Segundo Zico, a formação já está em sua cabeça, mas nem o time saberá dela até hoje à tarde. "Falei para eles que tinha de estar todo mundo preparado, que ninguém se surpreendesse se tivesse que começar jogando."
A única mudança certa é a entrada, na zaga, de Tsuboi no lugar de Miyamoto, o capitão do time, suspenso com dois cartões amarelos. No meio, o volante Fukunishi, um dos destaques no empate em 2 a 2 com o Brasil na Copa das Confederações de 2005, não repetiu as atuações no Mundial e pode ser substituído por Inamoto.
Apesar de os atacantes estarem em "branco", Zico -que combate a cultura de punir com o banco quem não acerta a curto prazo- pode insistir em Takahara e Yanagisawa.
O brasileiro disse que, apesar da difícil combinação necessária à classificação, sustenta a esperança porque: 1) há times que, com a vaga assegurada, relaxam, e ele cita o Brasil em 98, que perdeu para a Noruega no último jogo da primeira fase; 2) não é impossível o Japão fazer dois gols no Brasil, e isso se viu na Copa das Confederações. O problema é que o time precisa não sofrer nenhum e ainda depende do jogo Croácia x Austrália.
Zico prometeu cantar o hino brasileiro antes da partida. "Em qualquer circunstância eu canto e me emociono com o hino. Mas tudo termina na hora em que a bola rolar." (FV)


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