Meia Appiah, destaque do time, diz ter recebido apoio de jogadores de outras seleções para representar o continente

Técnico diz que já esperava por sucesso de ganeses na Copa e, mesmo antes de avançar, pensa em duelo com Brasil nas oitavas

DA REPORTAGEM LOCAL

No início da Copa da Alemanha eram cinco seleções africanas, cada uma lutando por si para chegar à próxima fase. Hoje, nos estertores da primeira fase do Mundial, uma delas entra em campo como a grande esperança do continente para seguir vivo na competição.
Gana pega hoje os EUA, às 11h (de Brasília) em busca de sua vaga nas oitavas-de-final confiante de que terá consigo a torcida de atletas de outras seleções africanas já eliminadas do Mundial.
Além dos ganeses no Grupo E, que dependem apenas de uma vitória sobre os norte-americanos para ir aos mata-matas logo em sua primeira Copa, a Tunisia é o outro país da África que têm chances de se classificar em segundo no Grupo H e seguir na competição, mas elas são mais reduzidas, pois não dependem só de si.
Mesmo assim, o meia Appiah, um dos astros de Gana, diz ter recebido apoio de outras estrelas do futebol africano.
"Eu falei com o Drogba, com o Adebayor e o Kader e eles me disseram: "rapazes, estamos com vocês. Nós não pudemos seguir adiante, então vocês tem que representar a África'", conta o camisa 10 de Gana, referindo-se ao astro da Costa do Marfim e dois dos principais atletas de Togo, respectivamente. "Eu estou muito feliz com o que ouvi deles", completou.
E a confiança de Gana numa classificação para os mata-matas logo na sua estréia em Mundiais não se baseia apenas no suposto apoio generalizado.
O desempenho na vitória sobre a República Tcheca na segunda rodada (2 a 0) faz o técnico Ratomir Dujkovic esbanjar otimismo a respeito de um novo triunfo de seus pupilos na Alemanha, apesar de não poder contar com dois de seus principais atletas -o volante Muntari e o atacante Gyan Asamoah acumularam dois cartões amarelos e estão suspensos.
"É claro que eu já esperava por isso", diz Dujkovic, que espera um duelo, com a seleção brasileira já na próxima fase da Copa. Mas, mesmo assim, ele diz confiar que seus jogadores podem surpreender, apesar de eleger os comandados de Parreira como franco favoritos: "Gana tem o apelido de Brasil da África. Então, seria um grande jogo entre dois brasis".