São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 2002

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PAINEL FC

Quatro mais um
Graças ao Brasil, a Confederação Sul-Americana não perderá uma vaga para a Copa de 2006, como queriam as confederações da Ásia e Oceania. Como os atuais campeões do mundo são da América do Sul e terão de disputar as eliminatórias, o continente continua com quatro vagas, e o quinto colocado, com direito a disputar a repescagem.

Mudança à vista
Uma alteração, no entanto, pode ocorrer. Como Joseph Blatter prometeu dar uma vaga à Oceania, quem ficar em quinto na América do Sul pode ter de disputar a repescagem contra um time europeu. A Europa, aliás, não gostou da notícia e já enviou protesto à Fifa.

Lupa
O relatório do argentino Daniel Gimenez, que apitou Grêmio x Olimpia e será examinado quinta, não poupa críticas à direção do time gaúcho, que invadiu o campo para pressioná-lo na hora da disputa de pênaltis.

Jeitinho
Nery Pumpido, técnico do Olimpia, foi quem mais pressionou a Confederação Sul-Americana a escalar um juiz argentino também na final contra o São Caetano. E continua vibrando por ter conseguido.

Muralha da China
Com dificuldades para encontrar times para defender no Brasil, Romário voltou a ser assediado pelo futebol estrangeiro. Os chineses, pela segunda vez em menos de dez dias, fizeram-lhe uma proposta para jogar no país. O atleta disse não querer encerrar a carreira na Ásia.

Todo-poderoso
Zico ganhou carta branca de Saburo Kawabuchi, novo presidente da Associação Japonesa de Futebol, para formar a comissão técnica do Japão. Para o dirigente, quanto mais brasileiros ela tiver, melhor, ainda mais depois da conquista do penta.

De volta ao Japão
Kawabuchi pediu a Zico para tentar agendar amistoso contra o Brasil. O jogo seria em Yokohama, em data a definir.

Péssimo conselheiro
Luiz Felipe Scolari não poupou Pelé de críticas em entrevista ao jornal ""La Tercera", do Chile, onde está passando férias em uma estação de esqui. Para o treinador, Pelé não entende nada de futebol. ""Se você quer ganhar, tem que escutar (o que ele diz) e fazer o contrário."

Para jogar no lixo
Em outro trecho da entrevista, Scolari afirma que o que Pelé ""dizia entrava por uma orelha e saía pela outra". E salientou que os jogadores não faziam muita questão de receber o troféu das mãos do Rei. ""Se você fala mal de alguém cinco vezes, não pode esperar que ela te trate bem depois", declarou, referindo-se às críticas do ex-jogador à seleção até o início da Copa.

A favor
O Clube dos 13 diz que a maioria de seus integrantes é favorável à proposta da Globo e do Grupo de Trabalho Especial sobre Futebol do Ministério do Esporte para alongar o Brasileiro e realizá-lo em turno e returno com pontos corridos. Deve aprová-la na semana que vem.

Do contra
Duas exceções são Fluminense e Vasco da Gama. De volta ao C13, Eurico Miranda diz que vai convencer os demais a lutarem contra a proposta e o enxugamento dos estaduais.

No mercado
Sem espaço para jogar no Real Madrid, o atacante Sávio continua tentando voltar ao futebol brasileiro. Agora se ofereceu para jogar um tempo no São Paulo, que teria apenas que arcar com parte de seu salário. O valor, porém, o jogador não revela qual é.

Passo atrás
O Malutrom diz ser inviável a participação na Série B do Brasileiro e deve anunciar oficialmente amanhã sua desistência. Diz que cada clube receberá R$ 80 mil para jogar o torneio, o que é insignificante para cobrir os gastos de quatro meses, período que dura a competição.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Eurico Miranda, presidente do Vasco, sobre a MP de Moralização do Futebol, que obriga os clubes a virarem empresa:
- No Vasco ninguém mete a mão. Não é porque voltei ao Clube dos 13 que revi meus conceitos. Não há ministro algum que fará o Vasco se transformar em empresa.

CONTRA-ATAQUE

Bola de cristal
A relação entre Philippe Troussier, francês que dirigiu o Japão na Copa, e a imprensa japonesa nunca foi das melhores.
No lançamento do livro que relata sua experiência no país, ele teve pelo menos três entreveros com jornalistas locais. Num deles, desabafou que foi injustiçado desde que chegou ao país, em 1998, e lembrou que foi chamado de gay por ter ido a uma festa numa região conhecida pela frequência de homossexuais.
Em seguida, disse confiar numa bela campanha do Japão, apesar de ressaltar que o time não teria condições de vencer grandes seleções como a França.
Menos de duas semanas depois, quando os franceses caíram foram do Mundial, sem terem marcado um gol sequer, o jornalista foi à forra.
Numa coletiva de Troussier, lembrou do comentário de Troussier e afirmou, tirando gargalhada dos colegas:
- Se nem da França dá para ganhar, seremos eliminados logo, logo.
Dito e feito. Na rodada seguinte, perderam da Turquia e caíram fora da Copa.


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