São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 2002

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PINGUE-PONGUE

Barrichello volta ao circuito de moto para festa

DO ENVIADO A MAGNY-COURS

Elogiado por Michael Schumacher e classificado pelos dirigentes da Ferrari como essencial para os últimos três títulos do alemão, o brasileiro Rubens Barrichello não queria muita festa ontem.
Irritado com o erro banal que o tirou da corrida, ele deixou o autódromo antes mesmo da bandeirada final ser dada.
Pasmos, os assessores de imprensa da equipe italiana não sabiam explicar sua ausência das comemorações.
Barrichello só voltou a Magny-Cours cerca de duas horas após o fim da prova. Sorriso amarelo no rosto, foi levado pelo chefe Jean Todt para abraçar o companheiro diante de um batalhão de fotógrafos e de câmeras de TV.
Ainda desapontado com seu abandono prematuro na corrida de ontem na França -foi a terceira vez neste ano que o brasileiro não conseguiu nem mesmo largar-, disse que ficou feliz pelo pentacampeonato de Schumacher. (FSX)

Folha - O que esse pentacampeonato significa para o automobilismo, para a F-1?
Rubens Barrichello -
Eu acho que todo mundo sempre imaginou que esse recorde nunca seria batido. Taí, o Michael Schumacher superbem, com uma equipe super-organizada, levou. E acho que, se ficarem brincando, ele vai inclusive passar esses cinco.

Folha - Como é fazer parte dessa estrutura vencedora?
Barrichello -
Eu acho que, agora, nesse momento específico, com ele ganhando o título e eu abandonando... Eu acho que hoje [ontem" foi totalmente dele. Mas fazer parte da equipe é muito bom, porque a Ferrari me dá um carro que é sempre rápido, vencedor. Então é muito legal.

Folha - Você já tinha até ido embora do autódromo. Como foi essa história?
Barrichello -
Quando eu fui embora, ele estava em segundo e parecia que não ia ganhar a corrida. Daí, a três voltas do final, o Frederico (Della Noce, seu empresário) me ligou e disse que ele iria ganhar. Eu estava no aeroporto, peguei uma moto, vim na contramão e consegui chegar aqui até que bem rápido.

Folha - Seu objetivo agora é lutar pelo vice-campeonato?
Barrichello -
Não sei. Isso aí a gente vê. Ser vice-campeão não é a melhor coisa do mundo. Acho que o importante é vencer mais provas neste ano. E condição para isso a gente tem.

Folha - Qual foi especificamente o problema do seu carro?
Barrichello -
Não sei ainda.

Folha - Mas foi diferente daquele de Silvertone, quando você ficou parado no grid?
Barrichello -
Foi.


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