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Explode número de atletas que foram a campo
DA REPORTAGEM LOCAL
A CBF promete 40 medalhas
para jogadores e membros da comissão técnica do time campeão
do Brasileiro-2003. No ritmo que
vai o torneio, esse número não será suficiente para premiar todos.
Em um descalabro administrativo que custa muito caro, os clubes empregam treinadores e jogadores em um ritmo alucinante.
Nas 20 rodadas já disputadas,
segundo o Datafolha, 738 jogadores estiveram em ação.
Isso significa uma média de 30,8
atletas por clube inscrito. Em toda
a edição de 2002, com 25 jornadas
e mais três fases eliminatórias, a
média de futebolistas por time
não passou de 28,7.
Das 22 equipes atuais que também estavam na elite no ano passado, 20 já atingiram ou ultrapassaram agora o número de jogadores utilizados no último Nacional.
Grupos tão numerosos são raros até no rico futebol europeu.
Na última edição do Campeonato Espanhol, que teve 38 rodadas, foram, em média, 29 jogadores por clube. O Real Madrid,
agremiação mais rica e poderosa
do planeta, foi campeão utilizando um total de 25 atletas.
Um dos fatores que contribui
para a "explosão" nos elencos está
nas mudanças de técnico. Quando chegam, eles fazem pedidos de
novas contratações, que muitas
vezes são colocadas de lado quando quem o indicou é demitido.
Usar tanta gente custa caro para
os clubes brasileiros. A legislação
atual praticamente vetou a participação de revelações que ainda
não tenham contrato em competições profissionais. Assim, a prática de pegar amadores das categorias de base em situações de
emergência é muito dispendiosa.
Não bastasse o gasto com elencos que, em alguns casos, beiram
os 40 atletas, os clubes ainda precisam pagar multas rescisórias de
treinadores e gastar com a contratação de "homens de confiança"
dos novos treinadores.
O Flamengo, que já demitiu
Evaristo de Macedo e Nelsinho,
precisou bancar a contratação de
Waldemar de Oliveira para auxiliar o irmão Oswaldo, o novo treinador do clube.
(PC E AD)
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