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Da escassez à fartura, Palmeiras vê gordura
Caio Júnior está com dificuldade para
montar time pelo excesso de jogadores
Para o jogo contra o Paraná,
no Sul, a novidade deve ser a
entrada de Edmundo desde
o início, mas técnico não revela sua equipe titular
RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Caio Júnior, antes de enfrentar o Corinthians, no dia 30 de
junho: "Os problemas, ganhando ou perdendo, continuam.
Continuamos precisando do
Valdivia. Se o Michael sair, precisaremos de reposição".
Caio Júnior, às vésperas do
duelo de hoje, contra o Paraná:
"Está sendo muito difícil fazer
a convocação. Procuro dar
chances a todos. Antes, eu não
tinha banco. Agora, está sobrando gente".
Dois momentos, duas realidades totalmente distintas. Na
primeira frase, o Palmeiras vivia uma crise após cinco jogos
sem vencer, o técnico estava
ameaçado no cargo, e os inúmeros desfalques -entre eles,
Valdivia, na Copa América, e
Michael, negociado com o futebol ucraniano- fizeram atletas
do time B, como o atacante
Luís, serem chamados às pressas para a equipe principal.
A segunda refere-se a um
grupo invicto há cinco rodadas,
com o treinador firme no emprego, e recheado de opções
após contratações e recuperações de jogadores lesionados.
"Será uma dor de cabeça para
o Caio", afirmou o volante Pierre, referindo-se ao atacante Edmundo. Fora do departamento
médico, ele pode reassumir o
posto de titular hoje, no estádio
Durival Britto, onde o Palmeiras enfrenta o Paraná em Curitiba às 18h10.
Ironia do destino, Luís, aquele do B, é o único atacante garantido no novo Palmeiras, que
agora se dá ao luxo de deixar no
banco suas duas contratações
para o setor -Rodrigão, que
ainda não estreou, e Luiz Henrique, titular contra o Santos (2
a 2), na quinta-feira.
No início da semana, Caio
Júnior já dissera que, enfim, via
um time próximo do idealizado
quando ele chegou ao clube, no
começo do ano: com dois bons
atletas para cada posição.
"Fico orgulhoso porque isso
faz parte de um trabalho que
começamos lá no início", explicara o treinador.
Invariavelmente, em suas
entrevistas, o técnico lembra
que precisou reformular o
elenco para deixá-lo pronto.
No meio desse trabalho, ele
teve de se acostumar com as
ausências de peças importantes. Diante de uma nova realidade, onde há fartura delas,
Caio Júnior parece até mais leve quando fala sobre o tema.
"Ele entrou com disposição
de um jovem e é esse espírito
que eu quero aqui. Todos podem jogar", falou, sobre Edmundo, que entrou na etapa final do jogo frente ao Santos.
Tanta prosperidade também
deixou-o mais misterioso nas
vésperas dos jogos. Hoje, é provável que ele escale o mesmo time do último duelo. A exceção
é a entrada de Edmundo no lugar de Luiz Henrique.
"Com jogos de três em três
dias, a questão física pesa bastante. Não podemos colocar em
campo um jogador com risco de
lesão", disse ele.
Outra preocupação do treinador palmeirense são os cartões amarelos. Sete jogadores
encontram-se pendurados: Edmundo, Gustavo, Luís, Makelele, Nen, Paulo Sérgio e Valdivia.
"Espero que diminua o número de cartões", disse Caio
Júnior. Se bem que, com tanta
gente pronta para entrar no time, escalá-lo já não é mais problema para seu comandante.
Sobre o rival, o cuidado não
vai ficar somente em vigiar o
atacante Josiel, artilheiro do
Brasileiro, com 12 gols. "Eles
também têm uma bola parada
muito boa. Não vai ser fácil jogar lá", disse o volante Pierre.
NA TV - Paraná x Palmeiras
Sportv (para PE e SP), ao vivo, às
18h10
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