São Paulo, domingo, 22 de julho de 2007

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Da escassez à fartura, Palmeiras vê gordura

Caio Júnior está com dificuldade para montar time pelo excesso de jogadores

Para o jogo contra o Paraná, no Sul, a novidade deve ser a entrada de Edmundo desde o início, mas técnico não revela sua equipe titular

RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Caio Júnior, antes de enfrentar o Corinthians, no dia 30 de junho: "Os problemas, ganhando ou perdendo, continuam. Continuamos precisando do Valdivia. Se o Michael sair, precisaremos de reposição".
Caio Júnior, às vésperas do duelo de hoje, contra o Paraná: "Está sendo muito difícil fazer a convocação. Procuro dar chances a todos. Antes, eu não tinha banco. Agora, está sobrando gente".
Dois momentos, duas realidades totalmente distintas. Na primeira frase, o Palmeiras vivia uma crise após cinco jogos sem vencer, o técnico estava ameaçado no cargo, e os inúmeros desfalques -entre eles, Valdivia, na Copa América, e Michael, negociado com o futebol ucraniano- fizeram atletas do time B, como o atacante Luís, serem chamados às pressas para a equipe principal.
A segunda refere-se a um grupo invicto há cinco rodadas, com o treinador firme no emprego, e recheado de opções após contratações e recuperações de jogadores lesionados.
"Será uma dor de cabeça para o Caio", afirmou o volante Pierre, referindo-se ao atacante Edmundo. Fora do departamento médico, ele pode reassumir o posto de titular hoje, no estádio Durival Britto, onde o Palmeiras enfrenta o Paraná em Curitiba às 18h10.
Ironia do destino, Luís, aquele do B, é o único atacante garantido no novo Palmeiras, que agora se dá ao luxo de deixar no banco suas duas contratações para o setor -Rodrigão, que ainda não estreou, e Luiz Henrique, titular contra o Santos (2 a 2), na quinta-feira.
No início da semana, Caio Júnior já dissera que, enfim, via um time próximo do idealizado quando ele chegou ao clube, no começo do ano: com dois bons atletas para cada posição.
"Fico orgulhoso porque isso faz parte de um trabalho que começamos lá no início", explicara o treinador.
Invariavelmente, em suas entrevistas, o técnico lembra que precisou reformular o elenco para deixá-lo pronto.
No meio desse trabalho, ele teve de se acostumar com as ausências de peças importantes. Diante de uma nova realidade, onde há fartura delas, Caio Júnior parece até mais leve quando fala sobre o tema.
"Ele entrou com disposição de um jovem e é esse espírito que eu quero aqui. Todos podem jogar", falou, sobre Edmundo, que entrou na etapa final do jogo frente ao Santos.
Tanta prosperidade também deixou-o mais misterioso nas vésperas dos jogos. Hoje, é provável que ele escale o mesmo time do último duelo. A exceção é a entrada de Edmundo no lugar de Luiz Henrique.
"Com jogos de três em três dias, a questão física pesa bastante. Não podemos colocar em campo um jogador com risco de lesão", disse ele.
Outra preocupação do treinador palmeirense são os cartões amarelos. Sete jogadores encontram-se pendurados: Edmundo, Gustavo, Luís, Makelele, Nen, Paulo Sérgio e Valdivia.
"Espero que diminua o número de cartões", disse Caio Júnior. Se bem que, com tanta gente pronta para entrar no time, escalá-lo já não é mais problema para seu comandante.
Sobre o rival, o cuidado não vai ficar somente em vigiar o atacante Josiel, artilheiro do Brasileiro, com 12 gols. "Eles também têm uma bola parada muito boa. Não vai ser fácil jogar lá", disse o volante Pierre.


NA TV - Paraná x Palmeiras
Sportv (para PE e SP), ao vivo, às 18h10



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