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Conheça a trama do suborno
da Reportagem Local
O esquema de suborno do Paulista-98 foi posto em prática na
partida Portuguesa Santista x Lusa, válida pela última rodada da
primeira fase.
O resultado, empate de 4 a 4,
classificou a Lusa e obrigou a Santista a disputar o quadrangular do
rebaixamento.
Segundo depoimento do vice de
futebol da Lusa, Ilídio Lico, a uma
comissão de sindicância do clube,
ele acertou com o empresário do
futebol Toninho Silva o suborno
do goleiro Nasser, que atuava pela
Santista. Quem assinou os cheques para a operação -de R$ 100
mil e R$ 30 mil- foi o presidente
do clube, Amilcar Casado.
Mais tarde, porém, Lico descobriu que o goleiro não havia nem
sequer sido contatado e que o dinheiro fora desviado, segundo
ele, pelo então diretor do clube
Camões Salazar. Para silenciar o
goleiro, que ameaçava revelar a
trama, Lico aceitou contratá-lo.
Nasser não pôde se apresentar,
mas recebeu, ao todo, R$ 83 mil.
Apesar de se dizer contrariado
com a situação, o goleiro só denunciou a trama quando a Folha
o procurou em março. A publicação pela Folha de uma cópia do
contrato foi a primeira prova de
que a história era verdadeira. Depois, foram publicados os cheques, recibos e, por fim, a confissão de Lico.
Atualmente, Casado, Lico, Salazar e Silva estão sendo processados pela Justiça sob a acusação de
apropriação indébita dos R$ 130
mil pertencentes ao clube.
(MD)
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