São Paulo, sábado, 22 de setembro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Para treinador, seu patamar no Corinthians é igual ao do presidente

Luxemburgo fica e celebra posição de "comandante"

MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois do "fico", Wanderley Luxemburgo se colocou entre os quatro mais do Corinthians.
Sem levar em conta os inúmeros vices, diretores e executivos do HMTF, parceiro do clube paulista, o treinador se colocou no mesmo patamar de Dick Law, diretor executivo do parceiro, Alberto Dualib, presidente do Corinthians, e de Antonio Roque Citadini, vice de futebol.
Para o treinador, a reunião entre os "quatro comandantes" do Corinthians, anteontem, serviu para uni-los em favor do clube.
Na verdade, o encontro serviu para Luxemburgo, requisitado pelo Cruzeiro, crescer dentro do clube: apesar dos maus resultados que vem colhendo, o técnico viu o time paulista disputar com o "co-irmão" mineiro a sua permanência; e ainda deve receber os reforços pretendidos.
"Os quatro comandantes do Corinthians -o Wanderley [ele mesmo", o Dick [Law", o Dualib e o Citadini- se reuniram para aparar as arestas, e o Corinthians, e não eu, saiu fortalecido", disse Luxemburgo, negando estar preocupado com a sua imagem.
Segundo o treinador, se ele só pensasse na sua imagem como treinador, teria aceitado a proposta do Cruzeiro. "Eles têm um baita time. Se eu tivesse preocupado comigo, tinha ido embora para lá", afirmou ele, que recebeu ontem a visita de Citadini.
O vice de futebol, que não gostou de algumas críticas que o treinador fez sobre a morosidade na contratação de reforços para o Brasileiro-01, não deu entrevistas. Fez papel de dirigente: conversou com a comissão técnica, deu atenção aos atletas e foi embora.
"Eu dei algumas declarações, o Citadini não gostou e acabamos nos afastando um pouco. Isso não pode acontecer. Ele tem que vir aqui sempre. Faz parte do futebol a presença dos dirigentes no campo", afirmou Luxemburgo, que mal sabia que a saída rápida do vice de futebol pelo túnel do vestiário foi um pedido de Dualib.
Com o presidente, Citadini foi avaliar o andamento das negociações com o Celta para acertar o empréstimo de Vágner.
Os dirigentes, com os US$ 6 milhões -o valor total chegou aos US$ 8,4 milhões- que receberam com a venda de Ewerthon para o Borussia Dortmund (Alemanha), ainda correm atrás do lateral/volante André Luiz, do goleiro Dida e do veterano volante César Sampaio.
Feliz com a calmaria momentânea no Parque São Jorge, Luxemburgo voltou a fazer um discurso pedindo apoio.
"Ainda e sempre conto com a colaboração da torcida. Peço paciência, os reforços vão chegar. Não podemos "queimar" os meninos", afirmou ele.
Os jogadores, que amanhã enfrentam o Atlético-PR, absorveram o discurso do "comandante" e o reproduziram.
"Sabemos que o time ainda carece de peças, mas temos que nos esforçar para não queimar a garotada", repetiu Otacílio.


Texto Anterior: Futebol: Juventus pega o Lecce pelo Italiano hoje
Próximo Texto: São Paulo faz parceria para manter atacante
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.