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FUTEBOL
Líder do Nacional afirma temer seu ex-técnico Marco Aurélio, que deve deixar time de Campinas após jogo de hoje
Palmeiras elege Ponte o rival mais difícil
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras elegeu o confronto
diante da Ponte Preta, hoje, às
15h, no Parque Antarctica, seu
mais difícil no Campeonato Brasileiro-01 até agora. Mesmo em
casa, onde tem aproveitamento
de 100%, e contra um adversário
que deve se despedir no confronto de seu técnico: Marco Aurélio,
que acertou sua transferência para o Cruzeiro ontem.
O treinador, porém, comandará
o time de Campinas pela última
vez hoje. E é justamente isso que
preocupa o técnico Celso Roth e
seus jogadores.
Marco Aurélio foi o antecessor
de Roth no comando do Palmeiras e montou a base do atual líder
do Brasileiro.
Foi ele, por exemplo, que transformou o meia-atacante Lopes
em titular absoluto da equipe.
"Ele [Marco Aurélio" é um treinador que sempre me ajudou.
Quando voltei de suspensão [ficou afastado 120 dias por uso de
cocaína" ele me colocou direto no
time titular. Amanhã [hoje" vou
tentar mostrar a ele que estava
certo por apostar em mim", disse.
O volante Magrão, que teve atritos com seu ex-treinador, disse
ser "muito grato a Marco Aurélio". "Ele foi o cara que acreditou
na gente no Palmeiras."
"Esse é, sem dúvida, o jogo mais
complicado para nós. Além do
Marco Aurélio, a Ponte tem um time de qualidade, que joga parecido com a gente, e nos venceu no
Paulista. A base é a mesma há
quase três anos", disse Magrão.
O volante Galeano também foi
diplomático ao falar de seu ex-técnico. "O jogo é complicado não só
pelo fato de o Marco Aurélio conhecer o Palmeiras. O problema é
que ele tem a Ponte nas mãos",
afirmou o jogador, apontado como um dos articuladores da queda de Marco Aurélio.
Além da sombra de seu ex-treinador, os palmeirenses já se sentem pressionados pelos oitos meses sem perder no Parque Antarctica. Hoje, o time defende uma invencibilidade de 17 partidas em
seu estádio-- a última derrota
ocorreu em 19 de janeiro (3 a 1 para o Fluminense). "Nós temos a
obrigação de vencer em casa, mas
sabemos que uma hora vamos
perder", disse Galeano.
"Na teoria, temos que vencer
aqui, mesmo enfrentando adversários fechados que jogam esperando um erro nosso", completou
o lateral-direito Arce.
Para o técnico Celso Roth, seus
comandados têm de "manter a
maturidade" para continuar com
100% de aproveitamento em casa.
"O time conseguiu essa sequência de vitórias porque soube extrair psicologicamente a vantagem de jogar dentro de casa", afirmou o treinador, para quem a
partida de hoje "é a mais difícil
porque é a próxima".
"A Ponte é um time que marca
muito bem. A partir do momento
que começamos a chamar a atenção em termos de classificação
nossa responsabilidade aumentou", disse o técnico palmeirense,
que voltou a reclamar do desempenho de seu ataque na partida
contra o Gama.
O Palmeiras, que empatou a
partida por 1 a 1, em Brasília, desperdiçou várias chances, principalmente com Lopes e Tuta.
"Eu conversei com eles, não podemos perder essas oportunidades que podem nos fazer falta no
final do campeonato."
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