São Paulo, sábado, 22 de setembro de 2001

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FUTEBOL

Líder do Nacional afirma temer seu ex-técnico Marco Aurélio, que deve deixar time de Campinas após jogo de hoje

Palmeiras elege Ponte o rival mais difícil

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras elegeu o confronto diante da Ponte Preta, hoje, às 15h, no Parque Antarctica, seu mais difícil no Campeonato Brasileiro-01 até agora. Mesmo em casa, onde tem aproveitamento de 100%, e contra um adversário que deve se despedir no confronto de seu técnico: Marco Aurélio, que acertou sua transferência para o Cruzeiro ontem.
O treinador, porém, comandará o time de Campinas pela última vez hoje. E é justamente isso que preocupa o técnico Celso Roth e seus jogadores.
Marco Aurélio foi o antecessor de Roth no comando do Palmeiras e montou a base do atual líder do Brasileiro.
Foi ele, por exemplo, que transformou o meia-atacante Lopes em titular absoluto da equipe.
"Ele [Marco Aurélio" é um treinador que sempre me ajudou. Quando voltei de suspensão [ficou afastado 120 dias por uso de cocaína" ele me colocou direto no time titular. Amanhã [hoje" vou tentar mostrar a ele que estava certo por apostar em mim", disse.
O volante Magrão, que teve atritos com seu ex-treinador, disse ser "muito grato a Marco Aurélio". "Ele foi o cara que acreditou na gente no Palmeiras."
"Esse é, sem dúvida, o jogo mais complicado para nós. Além do Marco Aurélio, a Ponte tem um time de qualidade, que joga parecido com a gente, e nos venceu no Paulista. A base é a mesma há quase três anos", disse Magrão.
O volante Galeano também foi diplomático ao falar de seu ex-técnico. "O jogo é complicado não só pelo fato de o Marco Aurélio conhecer o Palmeiras. O problema é que ele tem a Ponte nas mãos", afirmou o jogador, apontado como um dos articuladores da queda de Marco Aurélio.
Além da sombra de seu ex-treinador, os palmeirenses já se sentem pressionados pelos oitos meses sem perder no Parque Antarctica. Hoje, o time defende uma invencibilidade de 17 partidas em seu estádio-- a última derrota ocorreu em 19 de janeiro (3 a 1 para o Fluminense). "Nós temos a obrigação de vencer em casa, mas sabemos que uma hora vamos perder", disse Galeano.
"Na teoria, temos que vencer aqui, mesmo enfrentando adversários fechados que jogam esperando um erro nosso", completou o lateral-direito Arce.
Para o técnico Celso Roth, seus comandados têm de "manter a maturidade" para continuar com 100% de aproveitamento em casa.
"O time conseguiu essa sequência de vitórias porque soube extrair psicologicamente a vantagem de jogar dentro de casa", afirmou o treinador, para quem a partida de hoje "é a mais difícil porque é a próxima".
"A Ponte é um time que marca muito bem. A partir do momento que começamos a chamar a atenção em termos de classificação nossa responsabilidade aumentou", disse o técnico palmeirense, que voltou a reclamar do desempenho de seu ataque na partida contra o Gama.
O Palmeiras, que empatou a partida por 1 a 1, em Brasília, desperdiçou várias chances, principalmente com Lopes e Tuta.
"Eu conversei com eles, não podemos perder essas oportunidades que podem nos fazer falta no final do campeonato."



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