São Paulo, quarta-feira, 22 de setembro de 2010

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O gol não é um detalhe

Palmeiras, que hoje enfrenta o Prudente, sofre com atacantes e tem pior artilharia na década

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Enquanto a filosofia de Luiz Felipe Scolari prega a força, a defesa, a pegada, há um detalhe que vem emperrando o Palmeiras neste Campeonato Brasileiro.
O gol. Ou a falta dele.
Ewerthon, Robert, Lincoln, Vinícius, Tadeu, Luan, Kleber, Patrik e Max. O Palmeiras já tentou de tudo, mas nada faz seu ataque funcionar neste Nacional.
O time hoje busca melhor sorte contra o Prudente, fora de casa. Mas a julgar pelo que seus atacantes fizeram nas 23 primeiras rodadas do Nacional, o cenário é tenebroso.
Este é o pior desempenho ofensivo do Palmeiras em todos os Campeonatos Brasileiros desta década, considerando os primeiros 23 jogos. Até aqui, foram irrisórios 24 gols, o que dá uma média de quase um tento por partida.
Nem mesmo quando o Palmeiras foi rebaixado, em 2002, alcançou números tão ruins. Naquele ano, àquela altura do campeonato, já havia anotado 28 gols.
Nesta atual edição, o Palmeiras, atual 13º colocado, não marcou gols em 11 dos 23 jogos. A cada rodada, Luiz Felipe Scolari tenta acertar sua dupla de ataque ideal.
Ewerthon e Kleber foi a mais constante, e começaram juntos em oito jogos. O primeiro, artilheiro do time no campeonato com sete gols (em 21 jogos), vinha bem, mas saiu do clássico machucado e vai operar o joelho.
Enquanto isso, Kleber, que marcou quatro vezes em 13 jogos, sofre com seu vaivém. Suspensões automáticas costumam tirá-lo de ação -ele não jogou contra o São Paulo por este motivo.
Contratou Luan, que atuou em nove partidas e não marcou nenhum gol. Tadeu, um dos mais criticados pela torcida palmeirense, fez um gol em nove jogos.
Até Valdivia, a esperança no meio-campo do time, chegou a ser usado no ataque, sem nenhum sucesso.
"Contratamos alguns centroavantes, e alguns não deram certo. Isso acontece em qualquer clube", disse ontem Gilberto Cipullo, vice de futebol do Palmeiras, logo após apresentar Dinei, o novo centroavante do time.
Para Tadeu, que deve formar dupla com Kleber hoje, o problema é simples: a bola não chega ao ataque. "Não fujo da responsabilidade, mas não tive situações claras de gol. O centroavante precisa receber bolas. Quando eu tive chance, eu marquei."


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