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O gol não é um detalhe
Palmeiras, que hoje enfrenta o Prudente, sofre com atacantes e tem pior artilharia na década
LUCAS REIS
DE SÃO PAULO
Enquanto a filosofia de
Luiz Felipe Scolari prega a
força, a defesa, a pegada, há
um detalhe que vem emperrando o Palmeiras neste
Campeonato Brasileiro.
O gol. Ou a falta dele.
Ewerthon, Robert, Lincoln, Vinícius, Tadeu, Luan,
Kleber, Patrik e Max. O Palmeiras já tentou de tudo, mas
nada faz seu ataque funcionar neste Nacional.
O time hoje busca melhor
sorte contra o Prudente, fora
de casa. Mas a julgar pelo que
seus atacantes fizeram nas 23
primeiras rodadas do Nacional, o cenário é tenebroso.
Este é o pior desempenho
ofensivo do Palmeiras em todos os Campeonatos Brasileiros desta década, considerando os primeiros 23 jogos.
Até aqui, foram irrisórios 24
gols, o que dá uma média de
quase um tento por partida.
Nem mesmo quando o Palmeiras foi rebaixado, em
2002, alcançou números tão
ruins. Naquele ano, àquela
altura do campeonato, já havia anotado 28 gols.
Nesta atual edição, o Palmeiras, atual 13º colocado,
não marcou gols em 11 dos 23
jogos. A cada rodada, Luiz
Felipe Scolari tenta acertar
sua dupla de ataque ideal.
Ewerthon e Kleber foi a
mais constante, e começaram juntos em oito jogos. O
primeiro, artilheiro do time
no campeonato com sete gols
(em 21 jogos), vinha bem,
mas saiu do clássico machucado e vai operar o joelho.
Enquanto isso, Kleber, que
marcou quatro vezes em 13
jogos, sofre com seu vaivém.
Suspensões automáticas costumam tirá-lo de ação -ele
não jogou contra o São Paulo
por este motivo.
Contratou Luan, que
atuou em nove partidas e não
marcou nenhum gol. Tadeu,
um dos mais criticados pela
torcida palmeirense, fez um
gol em nove jogos.
Até Valdivia, a esperança
no meio-campo do time, chegou a ser usado no ataque,
sem nenhum sucesso.
"Contratamos alguns centroavantes, e alguns não deram certo. Isso acontece em
qualquer clube", disse ontem Gilberto Cipullo, vice de
futebol do Palmeiras, logo
após apresentar Dinei, o novo centroavante do time.
Para Tadeu, que deve formar dupla com Kleber hoje, o
problema é simples: a bola
não chega ao ataque. "Não
fujo da responsabilidade,
mas não tive situações claras
de gol. O centroavante precisa receber bolas. Quando eu
tive chance, eu marquei."
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