São Paulo, Sexta-feira, 22 de Outubro de 1999
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Às vésperas de retorno, Tyson e equipe adotam postura gentil

das agências internacionais

O ex-campeão dos pesados Mike Tyson e sua equipe estão adotando a gentileza como arma para impressionar a Comissão Atlética do Estado de Nevada, que supervisionará seu combate contra Orlin Norris, amanhã, nos EUA.
Essa é a segunda luta do ex-campeão desde janeiro, quando nocauteou o sul-africano Frans Botha em cinco assaltos. É também a primeira apresentação de Tyson desde que cumpriu pena por agredir duas pessoas.
Tyson procurou recuperar sua imagem durante a semana ao dizer que ""estava só brincando" quando afirmou, no início do mês, que poderia morder um adversário novamente se este lhe aplicasse cabeçadas.
""Estava brincando. Disse aquilo apenas para aumentar o interesse no combate (contra Norris), queria ajudar na promoção. Sei que as pessoas da comissão atlética não levaram aquilo a sério."
Em junho de 97, Tyson foi desqualificado em luta contra Evander Holyfield depois de morder as orelhas do adversário, alegando que havia sofrido cabeçadas.
Após sua apresentação contra Botha, Tyson afirmou que procurou quebrar o braço do oponente ao término do primeiro assalto.
O técnico de Tyson, Tommy Brooks, também adotou a diplomacia, medindo com cuidado as palavras durante as entrevistas.
Ao ser questionado sobre qual será a estratégia de Tyson contra Norris, Brooks disse que o ex-campeão ""dobraria as orelhas" do rival, parafraseando e evitando usar ""morderia as orelhas", uma expressão mais conhecida.
Marc Ratner, presidente da comissão atlética, percebeu o tom gentil de Tyson e disse que a mudança em seu comportamento não era necessária.
""Vamos julgar Tyson somente por suas ações dentro do ringue, não pelo que ele fala."


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