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São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2003

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TÊNIS

Competidores poderão solicitar repetição de jogadas duvidosas, em câmera lenta, em um telão instalado no ginásio

Evento nos EUA testa replay instantâneo

FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL

Com a velocidade do tênis atual, tornou-se comum os jogadores reclamarem de marcações duvidosas dos juízes de linha.
Um evento de exibição a ser disputado hoje em Portland vai testar uma solução para o problema: o Superset Tennis vai contar com a ajuda de um juiz eletrônico.
Caso se sintam prejudicados por uma marcação convencional, os tenistas poderão recorrer.
O replay da jogada, em câmera lenta, será exibido em um telão de quase 3 m2 montado no Rose Garden para a apreciação de atletas, árbitros e torcedores.
Para evitar que os tenistas recorram a todo momento ao novo juiz, foi estipulado que os atletas poderão pedir o vídeo da jogada e ver que realmente estavam errados somente duas vezes.
A partir da terceira, a cada vez que o juiz eletrônico for acionado e o tenista não tiver razão, ele será punido com a perda de um ponto.
A marcação de bolas perto da linha, principalmente no saque, tornou-se um problema com os avanços da tecnologia, que tornaram as raquetes mais leves, e da preparação física, que resultaram em golpes mais potentes.
Atualmente é comum os jogadores sacarem a mais de 200 km/ h, marca que até mulheres, como Venus Williams, superaram.
Entre os homens, o recorde de velocidade é dividido entre o britânico Greg Rusedski e o americano Andy Roddick, que conseguiram sacar a quase 240 km/h.
Já foi testada uma solução mais confiável do que o olho humano.
No final da década passada, foram colocados dispositivos eletrônicos em algumas quadras.
O mecanismo, porém, só funcionava na hora do saque e se revelou muito sensível: uma bola boa, em cima da linha, podia ser acusada como fora.
Também apitava fora de hora, quando o jogador pisava na área delimitada, por exemplo.
Além do custo muito alto para implantar o dispositivo nas quadras dos diversos torneios, a medida contou com um forte lobby contrário dos árbitros.
Além de testar o juiz eletrônico, o evento de hoje em Portland também vai ter outras inovações.
Os jogos serão mais curtos, com apenas um set, e o tie-break só será disputado se houver empate em 10/10. Por isso, uma marcação errada pode fazer a diferença.
O formato de disputa também é diferente. Os oito tenistas convidados decidirão quem é o campeão em apenas um dia.
No início da tarde, quatro confrontos decidem quem serão os semifinalistas da exibição.
À noite, os sobreviventes voltam à quadra para a disputa das semifinais e da decisão.
O vencedor da última partida, além do título da exibição, fica também com toda a premiação em disputa: US$ 250 mil.
Os tenistas que estão na disputa pelo montante são os americanos Andre Agassi, Todd Martin, James Blake, Jan-Michael Gambill, Taylor Dent e Robby Ginepri, o australiano Mark Philippoussis e o alemão Tommy Haas.
Lleyton Hewitt foi contratado, mas uma cláusula permitia sua desistência no caso de a Austrália chegar à final da Davis. "O conceito [do evento] é ótimo. Espero participar do próximo, onde quer que ele aconteça", afirmou.


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