|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TÊNIS
Competidores poderão solicitar repetição de jogadas duvidosas, em câmera lenta, em um telão instalado no ginásio
Evento nos EUA testa replay instantâneo
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a velocidade do tênis atual,
tornou-se comum os jogadores
reclamarem de marcações duvidosas dos juízes de linha.
Um evento de exibição a ser disputado hoje em Portland vai testar uma solução para o problema:
o Superset Tennis vai contar com
a ajuda de um juiz eletrônico.
Caso se sintam prejudicados
por uma marcação convencional,
os tenistas poderão recorrer.
O replay da jogada, em câmera
lenta, será exibido em um telão de
quase 3 m2 montado no Rose Garden para a apreciação de atletas,
árbitros e torcedores.
Para evitar que os tenistas recorram a todo momento ao novo
juiz, foi estipulado que os atletas
poderão pedir o vídeo da jogada e
ver que realmente estavam errados somente duas vezes.
A partir da terceira, a cada vez
que o juiz eletrônico for acionado
e o tenista não tiver razão, ele será
punido com a perda de um ponto.
A marcação de bolas perto da linha, principalmente no saque,
tornou-se um problema com os
avanços da tecnologia, que tornaram as raquetes mais leves, e da
preparação física, que resultaram
em golpes mais potentes.
Atualmente é comum os jogadores sacarem a mais de 200 km/
h, marca que até mulheres, como
Venus Williams, superaram.
Entre os homens, o recorde de
velocidade é dividido entre o britânico Greg Rusedski e o americano Andy Roddick, que conseguiram sacar a quase 240 km/h.
Já foi testada uma solução mais
confiável do que o olho humano.
No final da década passada, foram colocados dispositivos eletrônicos em algumas quadras.
O mecanismo, porém, só funcionava na hora do saque e se revelou muito sensível: uma bola
boa, em cima da linha, podia ser
acusada como fora.
Também apitava fora de hora,
quando o jogador pisava na área
delimitada, por exemplo.
Além do custo muito alto para
implantar o dispositivo nas quadras dos diversos torneios, a medida contou com um forte lobby
contrário dos árbitros.
Além de testar o juiz eletrônico,
o evento de hoje em Portland
também vai ter outras inovações.
Os jogos serão mais curtos, com
apenas um set, e o tie-break só será disputado se houver empate
em 10/10. Por isso, uma marcação
errada pode fazer a diferença.
O formato de disputa também é
diferente. Os oito tenistas convidados decidirão quem é o campeão em apenas um dia.
No início da tarde, quatro confrontos decidem quem serão os
semifinalistas da exibição.
À noite, os sobreviventes voltam à quadra para a disputa das
semifinais e da decisão.
O vencedor da última partida,
além do título da exibição, fica
também com toda a premiação
em disputa: US$ 250 mil.
Os tenistas que estão na disputa
pelo montante são os americanos
Andre Agassi, Todd Martin, James Blake, Jan-Michael Gambill,
Taylor Dent e Robby Ginepri, o
australiano Mark Philippoussis e
o alemão Tommy Haas.
Lleyton Hewitt foi contratado,
mas uma cláusula permitia sua
desistência no caso de a Austrália
chegar à final da Davis. "O conceito [do evento] é ótimo. Espero
participar do próximo, onde quer
que ele aconteça", afirmou.
Texto Anterior: Yan ganha chance no Fla Próximo Texto: Rúgbi: Ingleses jogam para sair da fila em Mundiais Índice
|