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TÊNIS
O tênis que o Brasil merece
RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA
Sai Nelson Nastás, entra Jorge Lacerda da Rosa. E o que
muda na Confederação Brasileira de Tênis? Nada, dizem muitos.
Para esses, troca-se uma turma
por outra. Alguns defendem que
os interesses pessoais (de forças
que ainda não colocaram a cara
para fora) seguem acima de tudo.
Outra turma diz que muda tudo: o jeito de fazer política, a maneira de administrar a CBT e a
mentalidade de trabalhar o futuro. Para eles, só o fim de uma longa administração, sem renovação, já é uma vitória. Acaba também a falta de transparência, que
tanto denunciavam. A falta de
planejamento, outra falha anterior, estaria com os dias contados.
A CBT vai mudar? A nova gestão vai trabalhar o "tênis que o
Brasil merece", como defendeu?
Ou segue tudo igual? Para que o
leitor faça sua avaliação, ficam
registradas as promessas do grupo que agora comanda a CBT.
1) Transparência orçamentária.
2) Construção de sede própria
para a CBT.
3) Atas, estatutos e contas apresentados ao TCU e/ou auditadas
por empresa externa.
4) Clareza na prestação de contas, estrutura de custos e distribuição de receitas com federações
e clubes que organizam torneios.
5) Planejamento integrado ao
COB no uso de verbas do tênis.
6) Modernização e profissionalização da estrutura administrativo-financeira e mercadológica.
7) Aumento de parcerias com
empresas privadas, governo, federações e clubes.
8) Desenvolvimento de programas comunitários.
9) Criação de um departamento
com a contratação e aproximação de árbitros que, em contra-partida, barateariam os gastos
nos eventos no país, principalmente com a criação do Circuito
Brasileiro de Tênis Profissional,
com pontos para ATP e WTA.
10) Criação de mais cursos para
aprimorar e formar árbitros.
11) Desenvolvimento de planejamento de médio e longo prazo.
Para desenvolvimento de médio e longo prazo, alguns planos
foram detalhados. São eles:
12) Criação da "escola brasileira", melhorando a capacitação de
professores e técnicos, com a introdução de nova metodologia;
13) Parcerias com universidades, fundações e escolas públicas e
privadas;
14) Integração e valorização dos
torneios interclubes e interfederações e regionalização dos eventos;
15) Intercâmbio com outras
confederações;
16) Melhora na imagem e no conhecimento do esporte;
17) Criação de calendário específico voltado à iniciação e preparação de tenistas profissionais
masculinos e femininos com baixos custos operacionais; valorização dos atuais e ex-atletas;
18) Aproveitamento da infra-estrutura existente quando da realização de eventos como a Copa
Davis para a criação de centros
permanentes de treinamento;
19) Criação de programa médico para atletas infanto-juvenis;
20) Subdivisão do território nacional em regiões, visando criar
orçamentos regionalizados.
Muita promessa feita? Ou um
grande avanço a ser feito? Com a
palavra, Jorge Lacerda da Rosa.
Lá e cá
A exemplo do que ocorreu aqui, a sede da Real Federação Espanhola
de Tênis, em Madri, foi visitada pela polícia. Com mandado judicial,
apreendeu documentos para apurar denúncia de desvio de verbas.
Cá
O Aberto de São Paulo, que vai rolar de 3 a 9 de janeiro, no Parque Villa-Lobos, terá, entre outros, Ricardo Mello, Flávio Saretta e André
Sá. Bom programa para começar o ano.
Lá
O belo projeto WimBelémdon (www.wimbelemdon.com.br), que
ensina tênis a crianças de um bairro carente de Porto Alegre, corre o
risco de acabar por falta de apoio. A ajuda pode ser até raquete usada.
E-mail reandaku@uol.com.br
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