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FUTEBOL
Com voto de minerva do presidente, SDJD rejeita recurso contra perda de pontos e suspensões no caso Serginho
Zveiter fecha BR-04 com asterisco e pena para o São Caetano
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Com o voto de seu presidente,
Luiz Zveiter, o STJD (Superior
Tribunal de Justiça Desportiva)
não aceitou o pedido de recurso
do São Caetano, manteve ontem a
punição ao clube pela morte do
zagueiro Serginho e determinou
que a classificação final do Campeonato Brasileiro de 2004 terá
mesmo um asterisco.
O time do ABC tentava a absolvição no julgamento em segunda
instância, mas não conseguiu reaver os 24 pontos perdidos, nem
salvou a pele do seu presidente,
Nairo Ferreira de Souza, suspenso
por dois anos, e do médico do clube, Paulo Forte, punido com quatro anos. E o São Caetano não se
livrou da multa de R$ 50 mil.
O voto de "qualidade", como
definiu Zveiter, deixou a disputa
igual por 3 a 3 (cinco auditores,
mais o presidente do tribunal votaram), mas sua decisão teve peso
dois no desempate para manter a
retirada dos pontos do time.
No julgamento que tratou das
punições a Nairo e Forte e da multa, o placar foi de 4 x 2 a favor da
manutenção da pena. "Não tenho
o que falar", disse o cartola do São
Caetano. O médico não foi ao Rio.
Dessa forma, o tribunal definiu
no tapetão a classificação do Nacional. Em 2003, haviam sido sete
os asteriscos, divididos entre os
seguintes times: São Caetano, Inter, Corinthians, Juventude, Fluminense, Ponte Preta e Paysandu.
Neste ano, só o time do ABC, devido à punição, teve o sinal gráfico
na tabela e acabou em 18º lugar.
Na Justiça desportiva só há possibilidade de revisão caso o São
Caetano consiga convencer o tribunal de que tem uma nova prova. "Isso dificilmente acontecerá",
disse Zveiter. Se isso realmente
não ocorrer, restará o caminho da
Justiça comum ou da Fifa.
O auditor José Mauro do Couto,
que também é advogado do presidente Ricardo Teixeira (CBF), ficou contrariado com a punição.
Antes da sessão, estava confiante:
"Se não absolver essas pessoas,
irei me considerar um imbecil."
No primeiro julgamento, dia 6,
o tribunal entendeu que o clube
sabia dos problemas cardíacos de
Serginho e foi negligente ao não
impedi-lo de jogar. O atleta morreu após sofrer parada cardiorrespiratória no Morumbi, em 27 de
outubro, contra o São Paulo.
A decisão tira o São Caetano da
Copa Sul-Americana de 2005. O
Fluminense herda seu lugar.
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