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FUTEBOL
Além de manter o esquema 4-4-2, o São Paulo aposta na bola parada como diferencial para superar o América
Leão usa arma da estréia para vencer fora
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Pressão no ataque e bola na área
do adversário. É com essa dupla
combinação que o técnico Emerson Leão pretende surpreender o
América hoje, às 18h, em São José
do Rio Preto, para conseguir a sua
segunda vitória no Paulista e, assim, manter viva a projeção de
100% de aproveitamento nos quatro primeiros jogos do torneio.
"Vamos seguir com o esquema
4-4-2, com dois meias encostando
no ataque. É um risco calculado
que temos de correr para vencer
fora de casa", afirma Leão, que,
mesmo com as falhas apresentadas pelo São Paulo contra o Ituano, acha válida a tentativa de sitiar
o campo adversário.
No entanto, é com o acerto de
uma jogada, antes em extinção no
seu elenco, que o técnico espera
minar as forças do rival. "Tivemos
um bom volume de jogo nos cruzamentos, uma coisa que não vinha acontecendo. Depois que
acertamos a batida da bola e a
conclusão, o São Paulo chegou várias vezes no gol do Ituano."
E essa combinação de pressão
no ataque com jogo aéreo mostrou sua utilidade na vitória sobre
o Ituano. Dos gols feitos na vitória
de 4 a 2 da sua equipe na última
quinta-feira, três nasceram de
cruzamentos e foram marcados
de cabeça. Até o gol de Rodrigo,
assinalado após rebote do goleiro,
surgiu de uma cobrança de falta.
Apesar de saber das limitações
físicas e técnicas da sua equipe
neste início de temporada, o treinador não vê grandes problemas
no fato de jogar fora de casa nesta
segunda rodada. "Acho que não
vai ter muito problema. O campo
é grande, e isso ajuda. Outra coisa
é o horário das 18h. Vai estar mais
fresco para os atletas. O perigo é
que o América vem de derrota e
vai vir com tudo", diz.
Outro cuidado a ser tomado é
com a parte tática. Leão não quer
ver o São Paulo dando contra-ataques de graça para o inimigo. "No
quarto gol do Ituano o time todo
estava na frente. Parecíamos um
time de índios, que só ataca. E eu
nunca vi índio ganhar nada", enfatiza o treinador.
Em campo, os jogadores parecem estar afinados com o treinador. Para o goleiro Rogério, o fato
de o time atuar somente com dois
zagueiros não preocupa.
"Eu sou goleiro e prefiro um esquema que me dê mais segurança
lá atrás. Mas o time está treinando
e assimilando tudo o que o Leão
quer", afirma o camisa 1.
"O time evoluiu, marcou quatro
gols e teve a chance de fazer ainda
mais. O principal é que estamos
criando opções para chegar no gol
do adversário", diz Grafite.
Mas enquanto o São Paulo se arma para se manter entre os primeiros do Paulista, no América a
situação é preocupante.
O time vem de derrota para o
Rio Branco, e o técnico Roberval
Davino ainda não poderá contar
com o meia Richardson, o lateral-esquerdo Pimentel e o atacante
Jonhson, com problemas para regularizar a documentação. O atacante Creedence, no entanto, já
tem condições de jogo e pode enfrentar o São Paulo.
Colaborou a Agência Folha
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