São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 2005

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FUTEBOL

Além de manter o esquema 4-4-2, o São Paulo aposta na bola parada como diferencial para superar o América

Leão usa arma da estréia para vencer fora

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Pressão no ataque e bola na área do adversário. É com essa dupla combinação que o técnico Emerson Leão pretende surpreender o América hoje, às 18h, em São José do Rio Preto, para conseguir a sua segunda vitória no Paulista e, assim, manter viva a projeção de 100% de aproveitamento nos quatro primeiros jogos do torneio.
"Vamos seguir com o esquema 4-4-2, com dois meias encostando no ataque. É um risco calculado que temos de correr para vencer fora de casa", afirma Leão, que, mesmo com as falhas apresentadas pelo São Paulo contra o Ituano, acha válida a tentativa de sitiar o campo adversário.
No entanto, é com o acerto de uma jogada, antes em extinção no seu elenco, que o técnico espera minar as forças do rival. "Tivemos um bom volume de jogo nos cruzamentos, uma coisa que não vinha acontecendo. Depois que acertamos a batida da bola e a conclusão, o São Paulo chegou várias vezes no gol do Ituano."
E essa combinação de pressão no ataque com jogo aéreo mostrou sua utilidade na vitória sobre o Ituano. Dos gols feitos na vitória de 4 a 2 da sua equipe na última quinta-feira, três nasceram de cruzamentos e foram marcados de cabeça. Até o gol de Rodrigo, assinalado após rebote do goleiro, surgiu de uma cobrança de falta.
Apesar de saber das limitações físicas e técnicas da sua equipe neste início de temporada, o treinador não vê grandes problemas no fato de jogar fora de casa nesta segunda rodada. "Acho que não vai ter muito problema. O campo é grande, e isso ajuda. Outra coisa é o horário das 18h. Vai estar mais fresco para os atletas. O perigo é que o América vem de derrota e vai vir com tudo", diz.
Outro cuidado a ser tomado é com a parte tática. Leão não quer ver o São Paulo dando contra-ataques de graça para o inimigo. "No quarto gol do Ituano o time todo estava na frente. Parecíamos um time de índios, que só ataca. E eu nunca vi índio ganhar nada", enfatiza o treinador.
Em campo, os jogadores parecem estar afinados com o treinador. Para o goleiro Rogério, o fato de o time atuar somente com dois zagueiros não preocupa.
"Eu sou goleiro e prefiro um esquema que me dê mais segurança lá atrás. Mas o time está treinando e assimilando tudo o que o Leão quer", afirma o camisa 1.
"O time evoluiu, marcou quatro gols e teve a chance de fazer ainda mais. O principal é que estamos criando opções para chegar no gol do adversário", diz Grafite.
Mas enquanto o São Paulo se arma para se manter entre os primeiros do Paulista, no América a situação é preocupante.
O time vem de derrota para o Rio Branco, e o técnico Roberval Davino ainda não poderá contar com o meia Richardson, o lateral-esquerdo Pimentel e o atacante Jonhson, com problemas para regularizar a documentação. O atacante Creedence, no entanto, já tem condições de jogo e pode enfrentar o São Paulo.


Colaborou a Agência Folha

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