São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 2011

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Fisiologistas consideram os testes rigorosos

ADRIANO FERNANDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para fisiologistas, os testes físicos exigidos a candidatas a juíza são muito rigorosos para elas.
Para apitar jogos oficiais, uma mulher precisa se submeter a dois testes impostos pela Fifa. Um deles consiste em dar seis arrancadas de 40 m, cada uma feita em 6,8 segundos. A candidata pode descansar por 90 segundos entre as arrancadas.
A velocidade média alcançada deve ser de, pelo menos, 21 km/h.
Para comparação, a recordista mundial dos 100 m, a americana Florence Griffith-Joyner, atingiu a velocidade de 33,89 km/h quando conquistou a medalha olímpica de ouro.
Logo em seguida, a candidata precisa dar dez voltas em uma pista de atletismo, num total de 4 km. "São testes muito puxados. Só quem está em excelente forma consegue.
Há, inclusive, risco de lesão por conta do esforço enorme", diz José de Proença, fisiologista da seleção brasileira de vôlei.
Para atuar em torneios masculinos da CBF, a árbitra tem que atingir índices masculinos -mais rigorosos-, exigência que a federação paulista não faz.
"Os testes são rigorosos, mas têm que ser. Não se pode fazer concessões a elas só porque são mulheres. O esporte é o mesmo", diz Turíbio Leite de Barros, fisiologista da Unifesp.
Segundo ele, diferenças naturais tornam improvável que mulheres tenham desempenho igual ao de homens. "Elas têm menos glóbulos vermelhos e testosterona, o que as faz menos resistentes e velozes."

Colaborou RAFAEL REIS, de São Paulo

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