São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 2011

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Estatizar é a solução, dizem especialistas

DE SÃO PAULO

Uma das queixas do neozelandês David Howman, diretor-geral da Wada, ao combate ao doping no Brasil é a falta de uma agência ligada ao governo federal.
É assim que funciona na Austrália e no Reino Unido, países modelo nessa área.
A crítica foi feita à Folha em entrevista exclusiva em novembro do ano passado.
Francisco Radler, do Ladetec, e Eduardo De Rose, membro da Wada, são partidários de David Howman.
"Somente a criação de uma agência nacional pode fazer com que o governo subsidie um número maior de exames", afirma De Rose, da área de controle de doping do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
Radler é fatalista. "Se não tiver um organismo de fomento para o investimento, a gente vai fechar", prevê.
O Brasil possui uma agência de combate ao doping, a ABA (Agência Brasileira Antidoping), mas ela está ligada ao COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
De Rose contou que representantes do governo brasileiro já foram a Portugal e Austrália em busca de informações para se criar um órgão regulador. Mas sua criação está distante.
Cuba e Colômbia também possuem laboratórios e agências ligadas à União.
"Na Colômbia, cobravam US$ 50 por amostra. Fomos à Wada cobrar, era dumping [preço inferior ao mercado]. Daí os colombianos aumentaram para US$ 150. Claro, é o governo quem banca", relata Radler. (DB)


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