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São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 2003

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Após retranca, Corinthians cria coragem

Moacyr Lopes Júnior/Folha Imagem
O treinador Geninho, que tem buscado impor sua filosofia tática no Corinthians, orienta treino


EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

Não basta classificar, tem que levar vantagem e jogar bonito também. O Corinthians hoje, às 16h, contra o União São João, no Pacaembu, não será tão modesto como o que enfrentou o Fénix, pela Libertadores, na última quarta.
A promessa é de Geninho. No Paulista, as pretensões corintianas são maiores. Embora o time precise só de um empate com o rival para obter a vaga na próxima fase, a ordem é vencer e por pelo menos dois gols de diferença.
A idéia do treinador corintiano é conquistar a vantagem do empate independentemente de quem for o adversário do time no mata-mata, ou melhor, "mata" (a vaga nas semifinais será definida em apenas um confronto).
"É importante a classificação e, se junto com ela, pudermos trazer alguma vantagem, melhor ainda", declarou o técnico.
"Não vou jogar para empatar, vou jogar para ganhar. Não posso jogar pelo empate com o União em casa. Se eu jogar para ganhar e for muito mal, eu vou empatar."
O discurso de Geninho em nada tem a ver com o utilizado por ele próprio antes da partida contra o uruguaio Fénix. Naquela oportunidade, o treinador adotou uma linha cautelosa, celebrando um eventual empate e jogando na defesa, com três volantes. E o adversário não era lá essas coisas.
Nesta tarde, também não será. O União São João já está sentenciado a disputar o "torneio da morte" do Paulista, que definirá as equipes rebaixadas para a Série A-2 do Estadual em 2004.
Fora isso, o técnico, que já foi chamado de "burro" em pleno Pacaembu, ainda não convenceu a torcida de que é um substituto à altura de Carlos Alberto Parreira.
"O torcedor quer vitórias, independentemente da forma como o time joga", acredita o técnico.
Mesmo com essa crença, Geninho não ousará, diante da torcida, escalar novamente três volantes, como fez contra os uruguaios. "Eu vou jogar pela vaga. Não posso entrar aqui com um time fechado", afirmou o treinador, que, pelo menos no Pacaembu, não vai mudar o preceito deixado por seu antecessor, que virou xodó dos corintianos no ano passado ao conquistar dois títulos.
"Provavelmente eu vá com três atacantes", falou Geninho, que repetirá, dessa forma, o esquema que deu certo no clube em 2002.
Quem ganhará com a nova formação será Fumagalli. O meia-atacante, que foi expulso contra o Fénix, ocupará o lugar de Fabrício. "Sorte que fui expulso no finalzinho do jogo e não prejudiquei a equipe. Agora é pensar no União", disse ele.



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