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PÓLO AQUÁTICO
Carnaval fortalece Brasil em seletiva
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Jogar o Pré-Olímpico durante o
Carnaval não será problema para
a seleção brasileira feminina de
pólo aquático. O time faz sua estréia hoje, às 14h30, no Grupo B
da competição, disputada em Impéria (Itália), contra a Espanha.
"Graças a Deus que o Pré-Olímpico coincidiu com o Carnaval. Se
não fosse, perderíamos umas
duas ou três jogadoras", conta o
técnico Paulo Coutinho, que terá,
mesmo assim, alguns desfalques.
Do grupo que foi bronze no Pan
de Santo Domingo-2003, Coutinho perdeu Mariana Roriz, Carolina Vasconcelos e Rubi Palmieri.
A razão para isso é das mais
prosaicas: inviabilidade para conciliar trabalho e estudo com a modalidade, que é amadora no país.
"Ninguém ganha salário. Por isso não dá para se dedicar tanto ao
esporte", diz Cristina Beer, 23, capitã do Brasil, que retorna ao time
depois de ficar um ano afastada.
"Trabalhava durante o dia e fazia
faculdade de engenharia à noite.
Tive que pedir dispensa", conta.
De última hora, o Brasil também ficou sem Camila Pedrosa,
que não foi liberada pelo Piraeus,
da Grécia, seu clube. Sem a centro, as chances de Camila estar em
Atenas, em agosto, para jogar pela
seleção, ficaram mais remotas.
"Friamente falando, nossas
chances são mínimas", admite
Coutinho. "Mas ninguém vai viajar derrotado. Vamos lutar."
Depois da Espanha, o Brasil pega Itália (amanhã), Nova Zelândia
(quarta-feira) e Hungria (sexta).
Só duas seleções de cada chave
se classificam para as semifinais e
a Olimpíada. Na outra chave estão
Canadá, República Tcheca, Alemanha, Holanda e Rússia. "Itália
e Hungria são as favoritas. Temos
time para ganhar da Nova Zelândia e jogar de igual para igual com
a Espanha. Se houver zebra, podemos avançar", sonha o treinador.
Para o futuro, a Confederação
Brasileira de Desportos Aquáticos
tem projeto de dar uma ajuda de
custo mensal de R$ 500 para as jogadoras. "Ninguém vai parar de
trabalhar por esse valor. Mas vai
ser um incentivo a mais para elas
treinarem", diz Marisa Roriz, diretora de pólo aquático da CBDA.
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