CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

Um sorteio hoje no Japão define como será a batalha pelas últimas vagas para o torneio masculino de vôlei de Atenas. Os Pré-Olímpicos, em maio, serão na Espanha, Portugal e Japão. Além dos países-sedes, estão na luta França, Polônia, Holanda, Canadá, Cuba, Venezuela, Argélia, Cazaquistão e Camarões.
Estarão em jogo uma vaga na Espanha e outra em Portugal. No Japão serão duas porque a competição valerá também para indicar o representante asiático na Olimpíada. Ou seja: além do campeão, irá a Atenas o primeiro colocado entre Japão, Coréia do Sul, China, Austrália e Irã.
Das nove seleções que serão distribuídas, por sorteio, entre os três Pré-Olímpicos, as favoritas são França, Holanda e Cuba. Os franceses têm o melhor retrospecto: no Mundial-02, foram bronze. Na Copa do Mundo, em novembro, ficaram em quinto lugar, atrás de Brasil, Itália, Sérvia e EUA.
Cuba está, aos poucos, remontando o time. Após a debandada de seus principais atletas para a Itália, como Ihosvany Hernandes e Leonel Marshall, passou um período amargo de derrotas. Mas no Pré-Olímpico da América do Norte e Central deu trabalho para os EUA: perdeu a final por 3 sets a 2.
A Holanda tem a tradição, mas não dá para esquecer de Venezuela e Portugal, que têm evoluído muito nos últimos tempos. Basta lembrar a maior zebra da temporada passada: a vitória dos venezuelanos, liderados pelo atacante Gomes, sobre o Brasil nas semifinais do Pan-Americano.
Já no feminino não há mistério. As últimas quatro vagas serão decididas em apenas um Pré-Olímpico, em maio, no Japão. Uma vaga será para a seleção asiática que tiver a melhor campanha, já que o continente é o único que ainda não realizou sua seletiva. As outras três ficam com as seleções mais bem colocadas.
Entre os asiáticos, os favoritos são Japão e Coréia do Sul. Tailândia e Taiwan serão coadjuvantes. Os outros participantes são Itália, Rússia, Nigéria e Porto Rico. Ou seja: está muito fácil para russas e italianas, que tropeçaram feio no Pré-Olímpico da Europa. Desta vez, é impossível dar zebra.
O que se comenta é que as jogadoras russas e o técnico Nikolai Karpol já não falam mais a mesma língua. Vamos ver como a turma vai jogar na Olimpíada.
A tendência é que outro asiático fique com a quarta vaga, já que coreanas e japonesas têm mais time que Nigéria e Porto Rico.
 
Em terras brasileiras, o tempo é de Carnaval e de descanso. A atrapalhada e inacreditável tabela da Superliga deixou os times com 12 dias sem jogos. A próxima rodada será só no dia 3.
No feminino, a grande pergunta é: quem vai vencer o invicto Osasco? No masculino, a Ulbra está com jeito de campeã.
Vale informar que Anderson voltou ao Brasil. O seu time, a Nec, não passou para as finais do Japonês. Ele pode reforçar a Ulbra, mas depende de liberação da Nec. Mesmo que consiga e a Ulbra se classifique, só poderá atuar em três dos cinco jogos das finais, pois em abril terá de voltar ao Japão.

Japonês
O Suntory, do brasileiro Gílson, e o Sakae Blazers, do atacante Kalé, vão disputar a fase final do Japonês. Os outros dois times classificados são o JT e o Toray. Gílson pode conquistar o quinto título seguido pelo Suntory. A etapa decisiva será nos dias 27, 28 e 29, em Osaka. A grande final está marcada para os dias 6 e 7 de março, em Tóquio.

Peneira
Domingo, Suzano vai selecionar meninas, nascidas entre 1985 e 1989, para a formação das equipes femininas infanto-juvenil e juvenil. O novo elenco representará a cidade em torneios como os Jogos Regionais e o Campeonato Paulista. Os testes serão no ginásio Paulo Portela: rua Barão de Jaceguai, número 375, no centro de Suzano. Outras informações: 0/xx/11 4746-1886.

E-mail cidasan@uol.com.br


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