São Paulo, sexta-feira, 23 de março de 2001

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PAINEL FC

Amarelinha
O grupo de fiscais do INSS que esteve ontem na sede da CBF, no Rio de Janeiro, vasculhando a contabilidade da confederação, ganhou um "agrado" da entidade. Após uma reunião de quase três horas, eles receberam camisas da seleção brasileira, oficiais da Nike. Muitos não escondiam a felicidade pelo presente.

"Vermelhão" do ABC
O deputado Jair Meneguelli (PT-SP) articula em Brasília a campanha pró-São Caetano na primeira divisão. Ele já ganhou a simpatia de outros colegas de partido na Casa, como Aloizio Mercadante, fã de carteirinha do "Azulão" do ABC. Com tanto petista, o time pode mudar de nome: "Vermelhão".

Em vão
Meneguelli pretende se reunir na próxima terça-feira com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para pedir a inclusão do São Caetano na primeira divisão deste ano. Talvez não seja necessário, já que uma decisão final sobre o Brasileiro pode sair na próxima segunda-feira.

Como uma luva
Depois de 11 meses de gozações pela má fase do clube, os torcedores do Corinthians estão indo à forra. Com a terceira vitória consecutiva, anteontem, já adotam a música que, segundo eles, simboliza o atual momento corintiano: o "Bonde do Timão": "Quer jogar, quer jogar? O Timão vai te ensinar", plagiando letra do grupo de funk "Bonde do Tigrão".

Pai da criança
O Tribunal de Apelação de Roma confirmou ontem que o ex-jogador Paulo Roberto Falcão é o pai de Giuseppe Frontoni, nascido de uma relação do ex-jogador com Maria Flavia Frontoni. A informação foi divulgada por agências internacionais.

Indenização
Giuseppe, de 19 anos, nasceu na época em que Falcão defendia a Roma, da Itália. O ex-craque brasileiro será obrigado a pagar uma pensão no valor de US$ 1,5 mil a Frontoni, além de arcar com os custos do processo, que chegam a US$ 8.000.


Lá...
Pelé misturou ainda mais os papéis que ele mesmo atribui ao craque e ministro que foi e ao empresário que é. Semana passada estava em Brasília, na pele de mito do esporte, para fechar um acordo que pôs fim à obrigatoriedade do passe no futebol.

...e cá
Ontem, o site que leva seu nome deixou a concorrência para trás. Foi um dos primeiros a divulgar a medida provisória, redigida com a ajuda do ex-jogador, e que põe fim ao passe. Vantagem, apesar da jogada duvidosa, do empresário Edson.

SPC 1
Santos, Botafogo-RJ e Atlético-MG estão proibidos pela Fifa de negociar jogadores com clubes do exterior. Os três times brasileiros não honraram, segundo a entidade máxima do futebol, compromissos financeiros com parceiros internacionais. A CBF já foi avisada da proibição e vai fiscalizar.

SPC 2
O débito do Santos é relativo à compra do atacante Caio, que estava no Milan, da Itália. Já o Botafogo deve ao Tigres, do México, pela compra do também atacante Donizete. Ao que tudo indica, não foram bons negócios para os times brasileiros.

Roupa de marca
A fama da multinacional Nike está fazendo clubes pequenos até pagarem para vestir os uniformes da empresa. O Bangu, do Rio, compra os uniformes apenas para usar "roupa de marca". No Brasil, o único time patrocinado pela Nike é o Flamengo.

É isso aí
A Fundação Gol de Letra, dos jogadores Raí e Leonardo, ganhou apoio da Coca-Cola. A empresa vai destinar R$ 10,00 à entidade assistencial para cada gol marcado na copa que leva o nome da marca de refrigerante. A competição é o maior campeonato juvenil do país.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do vice-presidente de futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini, sobre o aumento no número de clubes do Campeonato Brasileiro-2001, que deverá ter 28 clubes, e não 26:
-Um campeonato com 28 clubes é uma completa irracionalidade. É um convite ao prejuízo. Quem tem força empurra a porta para entrar. Os grandes clubes estão sendo esmagados.

CONTRA-ATAQUE

Leão manso

O técnico da seleção brasileira, Emerson Leão, tem fama de durão. A sua chegada ao comando do time nacional marcou o fim da era "tapinha nas costas", idealizada por seu antecessor Wanderley Luxemburgo.
Sempre sisudo, Leão não é muito afeito a brincadeiras com jogadores e jornalistas.
A fama do treinador, aliás, provoca receio nas pessoas que se aproximam para conversar com ele. Apesar disso, ele mostrou a outra face na mini-excursão da seleção brasileira pelos EUA e México.
Em Guadalajara, surpreendentemente, esteve brincalhão com fãs e jornalistas.
Quando pediam para tirar fotos com ele, Leão respondia, com ironia, que não era fotógrafo. O episódio mais gozado foi com um jornalista mexicano.
Ao ser informado por ele que o principal jogador do México, Hernandez, não atuaria, Leão, ríspido, disse: -Tem certeza disso? Assustado, o repórter confirmou a informação.
-Então, Gracias, respondeu Leão, que, apesar de brincalhão, não perdeu a cara feia.



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