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Projeto vai da Europa ao interior de SP por clubes, empresas e fundação
DO PAINEL FC
Quatro clubes, quatro empresas e uma fundação fazem
parte do complexo quebra-cabeça que deu origem ao projeto
Campus Pelé, em Jundiaí.
A brincadeira começa em Luxemburgo, onde foi fundada a
Sicar, sociedade de investimento de capital de alto risco. Ela é
controlada pela FAM, da holding que detém o Banco Fator.
O dinheiro dos investidores,
administrado por um comitê de
investimentos, passa pela FAM
antes de chegar à Sicar.
A empresa de Luxemburgo
envia o dinheiro ao Brasil. Ele é
usado basicamente no Monte
Alegre Futebol S/A, clube-empresa que incorporou o Litoral
FC, de Pelé, e no Paulista.
O Litoral, incorporado graças
a um acordo com a Prime, que
controla os licenciamentos da
marca Pelé, abastece de jogadores o Paulista, que também já
tem as suas categorias de base
turbinadas pelo projeto.
Depois, os atletas serão
transferidos, preferencialmente e aos poucos, para o Lausanne, da segunda divisão suíça.
Barriga de aluguel para que
os jogadores façam sua adaptação à Europa, o time é mantido
pela LS Vaud Foot S/A. Ela assinou acordo com a Sicar.
O Lausanne terá 20% do que
arrecadar nas vendas. O restante será dividido pelos investidores, com uma parte do obtido
reservada para Pelé.
A idéia é começar a divisão
em quatro anos. "A menos que
por uma dádiva surja um Robinho", disse Vanilton Tadini, do
comitê de investimentos.
Segundo ele, hoje existem só
15 investidores. E a meta é ter
entre 80 e 90. O investimento
mínimo é de US$ 200 mil.
Eduardo Palhares, presidente do Paulista, diz que o clube
não terá participação nos direitos econômicos dos jogadores
porque o projeto banca todas as
suas despesas. Já quitou cerca
de R$ 15 milhões em dívidas. Se
ao final dos 12 anos iniciais do
contrato a parceria acabar, ela
deixa o Paulista com a mesma
quantidade de atletas que encontrou. Mas sem débitos.
De acordo com Tadini, Luxemburgo foi escolhido para
receber a empresa que concentra os recursos por fazer várias
exigências em relação aos investidores. "Queremos evitar
um [Boris] Berezovski", diz ele,
referindo-se à fracassada parceria MSI/Corinthians. O país
já figurou em lista da Receita
Federal de paraísos fiscais.
Com recursos do Monte Alegre será construído ainda um
CT em área da Fundação Antônio Antonieta Cintra Gordinho, em Jundiaí.0
(RP)
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