DA REPORTAGEM LOCAL

Eles não têm dinheiro de bilheteria, como os concorrentes do Norte e do Nordeste, e jogam um campeonato de receitas baixas.
Com essa perversa soma, os seis clubes paulistas que vão disputar a Série B precisam de mecenas de diferentes tipos para sobreviver.
A fórmula mais usada é a terceirização do departamento de futebol. Fazem isso o Ituano, o Marília e a Portuguesa. Já o Paulista ensaia a venda do time para os holandeses do PSV. O Santo André, na esteira do vizinho São Caetano, tem a prefeitura da sua cidade como parceira. O Mogi Mirim continua a ser bancado por Wilson de Barros, o dono do clube.
Mas é mesmo a fórmula de repassar o time para uma empresa que mais promete. No ano passado, o Marília, administrado pela American Sport, surpreendeu e chegou ao quadrangular final da Série B. Fez isso com um elenco caro, em que despontavam o zagueiro Andrei e o atacante Basílio.
Para o campeonato que começa hoje, o clube novamente montou um grupo cheio de jogadores experientes, como o volante Leandro Ávila, o meia-atacante Fumagalli e o atacante Sorato.
O Ituano foi outro que teve sucesso depois que passou a ser administrado por terceiros. O empresário Oliveira Júnior assumiu o clube há cinco anos, e, desde então, o time ganhou o Paulista-2002 (que não teve os grandes) e a Série C do ano passado.
A última equipe paulista da segunda divisão a apostar na terceirização foi a Portuguesa. Com dívidas enormes e correndo o risco até de fechar, o clube da capital, que dizia perder R$ 300 mil mensais com sua equipe, entregou seu futebol para a Ability Sports.
Se não teve sucesso em campo no Campeonato Paulista, a Ability pelo menos conseguiu separar o time de futebol do caos administrativo que marca hoje a Portuguesa, onde os funcionários fazem greve para cobrar meses de salários atrasados.
Em campo, a equipe do Canindé tem um time reforçado em relação ao ano passado. O principal destaque é o atacante Lucas, autor de sete gols no Estadual.