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FUTEBOL
Segunda divisão larga hoje com sete nordestinos, sete paulistas, sete "outsiders" e um decadente campeão do mundo
"Nordeste-SP", Série B põe Grêmio à prova
DA REPORTAGEM LOCAL
A Série B do Brasileiro tem um
turno apenas de classificação em
que todos se enfrentam, mas pode
ser dividida em quatro grupos: o
dos paulistas, o dos nordestinos, o
dos outsiders e o do Grêmio.
O tradicional time gaúcho, que
passa pela segunda vez pela segunda divisão, experimenta agora
um torneio Nordeste-São Paulo.
Dos 22 participantes, sete são
paulistas e sete são nordestinos.
Na trilha para voltar à elite, o Grêmio só tem no caminho um conterrâneo (Caxias) e dois vizinhos
da região Sul (Avaí e Criciúma).
Entre Salvador, São Paulo, Recife, Campinas, Fortaleza, Santa
Bárbara d'Oeste, Maceió, o campeão mundial de 1983 percorrerá
mais de 20 mil km na fase de classificação da Série B, que leva apenas dois times à primeira divisão.
O Grêmio é um dos seis membros do Clube dos 13 que tentam
retornar à elite nesta temporada.
"Foi feito um projeto para chegarmos a 20 clubes na Série A e na
Série B em 2006. Creio que estamos fortalecendo a Série B. Temos que valorizar essa competição, que era vista como um inferno, uma coisa deplorável", disse
Fábio Koff, presidente do Clube
dos 13 e ex-presidente do Grêmio.
O dirigente entende que a segunda divisão neste ano está bem
distribuída nacionalmente, apesar de não contar, por exemplo,
com clubes de Rio de Minas Gerais, dois Estados bastante tradicionais no futebol brasileiro.
"Você vê que há times de todas
as regiões. É uma disputa bem nacional. Rio e Minas são mercados
importantes, mas aconteceu de o
América [mineiro] cair. O Clube
dos 13 ajuda financeiramente a
Série B. Queremos que a disputa
pelo menos não seja deficitária,
como já foi. Hoje, há seis times do
Clubes dos 13, mas acho pode haver mais em 2006", disse Koff.
Sobre o Grêmio, que trocou nas
últimas horas o técnico Hugo De
León por Mano Menezes, Koff
mostra certo pessimismo. ""Se não
tiver consciência de que camisa e
tradição não vencem hoje, não vai
subir. O Grêmio não é mais o que
já foi. O sistema de disputa ainda
favorece o time, pois no quadrangular final tem 50% de chances."
A equipe gaúcha, que estréia
hoje fora de casa contra o Gama,
receberá cerca de R$ 7,5 milhões
para jogar a Série B, metade do
que ganharia se estivesse na primeira divisão. Essa cota do Clube
dos 13, porém, vai diminuindo na
medida em que os sócios vão permanecendo na Segundona.
Bahia e Sport, por exemplo, não
conseguiram subir no último ano
e já ganham cerca de 30% do que
faturariam se jogassem na elite.
A "esquadra nordestina" tem
ainda outro representante do grupo que reúne os maiores clubes
do país: o Vitória, rebaixado em
2004. O Nordeste só não ficou
sem representante na elite porque
o Fortaleza subiu no ano passado.
Ceará, CRB, Náutico e Santa Cruz
são os demais ""filhos" da região.
A "armada paulista" tem Guarani e Portuguesa como líderes.
Os dois, que se enfrentam hoje na
abertura da competição no Canindé, integram o Clube dos 13.
Santo André, atual campeão da
Copa do Brasil, União Barbarense, atual campeão da Série C, Ituano, Marília e Paulista lutam também para deixar São Paulo com
oito times na Série A de 2006.
Marília x Vitória abre o Nordeste-São Paulo às 16h na TV aberta,
e o Grêmio inicia a sua viagem de
segunda classe às 20h em canal
pago.
(RODRIGO BUENO)
NA TV - Marília x Vitória, às
16h, na Rede TV!, e Gama x
Grêmio, às 20h, na Sportv (menos
para Centro-Oeste e Sudeste)
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