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BASQUETE
Com presença recorde de atletas latinos, liga assiste à maior troca de times na reta decisiva
"Volúvel", NBA inicia fase de mata-matas
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem a presença do LA Lakers, a
NBA inicia hoje os mata-matas
com quatro jogos: Seattle x Sacramento, Dallas x Houston, Detroit
x Philadelphia e Boston x Indiana.
A ausência do time da Califórnia, segundo detentor de mais títulos (14) e figurinha mais fácil na
fase decisiva (28 participações), é
um dos maiores sintomas de uma
liga que nunca foi tão volúvel.
Torneio mais globalizado do
planeta, a NBA não terá na fase final os dois times que mais lucros
trazem ao torneio com a venda de
camisas: LA Lakers e New York.
Pelo segundo ano seguido, barrou da festa final 31,3% das equipes que jogaram os mata-matas
anteriores, o que retirou de quadra astros como o armador Kobe
Bryant e o ala Kevin Garnett.
Dos 16 times que participaram
dos playoffs em 2002/03, só seis
(37,5%) -Indiana, San Antonio,
Sacramento, Dallas, Boston e Detroit- se mantiveram na elite nos
dois últimos anos. É o número
mais baixo da história da liga.
Inconstante, a NBA também vê
o fim das dinastias. A última foi a
do LA Lakers, tricampeão (2000,
2001 e 2002). Desde então, colecionou retumbantes fracassos.
Em 2003/04, o elenco milionário, encabeçado por Bryant, Shaquille O'Neal, Gary Payton e Karl
Malone, sucumbiu diante do time
operário do Detroit na série final.
Diante da nova realidade, nem o
atual campeão posa de detentor
da supremacia. "Fomos bem até
aqui. Mas agora é outra fase e temos que jogar como equipe, como fizemos antes, para prosseguir", diz o técnico Larry Brown.
Não bastasse isso, os donos das
melhores campanhas de cada
conferência, que terão vantagem
de mando de quadra até o fim, são
justamente dois times que nunca
ergueram um troféu da NBA.
O Miami apostou na contratação de Shaquille O'Neal para ir
longe. Ele votou à Flórida e encetou parceria com Dwyane Wade
para recolocar a equipe nos playoffs e ratificar o elenco como um
dos mais capazes de abocanhar o
título. Mas os atletas badalados
fogem do discurso individualista.
"Não podemos atuar isoladamente. Precisamos de mais do
que cinco jogadores para formar
uma equipe. E nosso grupo já
provou que tem", observa Wade.
O Phoenix, por sua vez, credenciou-se às finais com uma recuperação histórica. Em 2003/04, havia
feito uma campanha medíocre,
com 29 vitórias e 53 derrotas
-aproveitamento de 35,4%.
Agora, alcançou índice de 75,6%.
Para isso, foi essencial a contratação de Steve Nash, do Dallas.
Solidário, o armador foi o parceiro ideal para Shawn Marion reencontrar seu melhor jogo e Amare
Stoudemire desenvolver ainda
mais sua condição atlética.
A vitória na fase de classificação
não é garantia de chegada à decisão. No entanto, desde que o atual
sistema de mata-matas foi adotado, em 1983/84, 66,6% dos finalistas haviam sido os melhores em
suas respectivas conferências.
Duas vezes, contudo, os campeões da primeira fase não alcançaram a etapa derradeira. A última foi em 2003/04, na qual Minnesota e Indiana fracassaram.
Tal retrospecto não preocupa
Stoudemire. "Com o que faço em
quadra, será difícil parar a nossa
equipe", diz o pivô, que tem Leandrinho como colega de clube.
Os latino-americanos aparecem
em número recorde nesta fase:
seis. Além de Leandrinho, o Brasil
terá novamente Nenê (Denver)
em ação nos mata-matas.
NA TV - Indiana x Boston,
na ESPN, ao vivo, às 21h
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