São Paulo, quinta-feira, 23 de abril de 2009

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No Brasil, Ronaldo fica ainda mais fenomenal

Média de gols por jogo do atacante cotintiano é 43% maior em solo nacional

Se balançasse a rede fora do país no mesmo ritmo, astro, que no domingo fará sua 1ª final no time alvinegro, teria quase 150 tentos a mais

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

À exceção da seleção brasileira, seus companheiros nunca foram estrelas. Os gramados, na maioria dos casos, em nada lembram os tapetes europeus.
Mas, seja quando era garoto, seja no auge ou até agora, veterano e sem o melhor da forma no Corinthians, Ronaldo, 32, se dá bem nos estádios brasileiros.
Como profissional, ele fez 80 jogos no país, onde marcou 77 vezes, média muito perto de um gol por jogo (0,96). Esse número representa média 43% maior do que ele conseguiu fora do país. Se tivesse no exterior a mesma produção que registra em campos nacionais, ele somaria cerca de 150 gols a seu currículo de quase 450 tentos.
Em nove jogos pelo Corinthians, mesmo entrando no segundo tempo ou sendo substituído antes do apito final, Ronaldo já marcou seis vezes. A média de 0,67 é maior do que ele teve nos seus três clubes anteriores (Inter de Milão, Real Madrid e Milan), quando era servido, entre outros, por Zidane e Kaká, mas também enfrentava defesas quase sempre mais fortes do que as brasileiras.
Números que foram ainda mais impressionantes com as camisas da seleção brasileira e do Cruzeiro. Pelo time nacional, Ronaldo tem uma média de gols 68% maior nos jogos disputados em casa. Pelo Cruzeiro, esse número fica em 40%.
Foi numa partida no Mineirão, em 1993, o seu primeiro ano de profissional, que Ronaldo bateu seu recorde de gols em um jogo -marcou cinco contra o Bahia pelo Brasileiro.
Nas eliminatórias para a Copa de 2006, Ronaldo foi o artilheiro da seleção, com sete gols marcados no Brasil e apenas três quando o time foi visitante.
Em dezembro do ano passado, quando acertou com o Corinthians, Ronaldo mostrava temor com o desafio de voltar a jogar no país quase 15 anos depois de deixar o Cruzeiro.
"Acompanho muito o que acontece nos campos do Brasil, mas não sei o que é estar ali, disputando um Paulista. O único Brasileiro que joguei foi 1993, faz muito tempo. Agora, tenho que saber me adaptar", disse ele, que apontou o contato quase nulo que os jogadores do Corinthians tiveram com ele antes de sua chegada ao clube.
"Isso atrapalha um pouco. Acontece principalmente porque a maioria dos jogadores só me conhecia à distância. Agora é que estão vendo como sou em campo, como treino e jogo", falou Ronaldo, que fez dois dos seis gols pelo Corinthians contra Palmeiras e São Paulo.
A próxima oportunidade de o atacante marcar será no domingo, na Vila Belmiro, contra o Santos, na partida de ida da final do Paulista. Wilson Luiz Seneme será o árbitro da partida.


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