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No Brasil, Ronaldo fica ainda mais fenomenal
Média de gols por jogo do atacante cotintiano é 43% maior em solo nacional
Se balançasse a rede fora do país no mesmo ritmo, astro, que no domingo fará sua 1ª final no time alvinegro, teria quase 150 tentos a mais
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
À exceção da seleção brasileira, seus companheiros nunca
foram estrelas. Os gramados,
na maioria dos casos, em nada
lembram os tapetes europeus.
Mas, seja quando era garoto,
seja no auge ou até agora, veterano e sem o melhor da forma
no Corinthians, Ronaldo, 32, se
dá bem nos estádios brasileiros.
Como profissional, ele fez 80
jogos no país, onde marcou 77
vezes, média muito perto de
um gol por jogo (0,96). Esse número representa média 43%
maior do que ele conseguiu fora
do país. Se tivesse no exterior a
mesma produção que registra
em campos nacionais, ele somaria cerca de 150 gols a seu
currículo de quase 450 tentos.
Em nove jogos pelo Corinthians, mesmo entrando no segundo tempo ou sendo substituído antes do apito final, Ronaldo já marcou seis vezes. A
média de 0,67 é maior do que
ele teve nos seus três clubes anteriores (Inter de Milão, Real
Madrid e Milan), quando era
servido, entre outros, por Zidane e Kaká, mas também enfrentava defesas quase sempre mais
fortes do que as brasileiras.
Números que foram ainda
mais impressionantes com as
camisas da seleção brasileira e
do Cruzeiro. Pelo time nacional, Ronaldo tem uma média de
gols 68% maior nos jogos disputados em casa. Pelo Cruzeiro, esse número fica em 40%.
Foi numa partida no Mineirão, em 1993, o seu primeiro
ano de profissional, que Ronaldo bateu seu recorde de gols em
um jogo -marcou cinco contra
o Bahia pelo Brasileiro.
Nas eliminatórias para a Copa de 2006, Ronaldo foi o artilheiro da seleção, com sete gols
marcados no Brasil e apenas
três quando o time foi visitante.
Em dezembro do ano passado, quando acertou com o Corinthians, Ronaldo mostrava
temor com o desafio de voltar a
jogar no país quase 15 anos depois de deixar o Cruzeiro.
"Acompanho muito o que
acontece nos campos do Brasil,
mas não sei o que é estar ali,
disputando um Paulista. O único Brasileiro que joguei foi
1993, faz muito tempo. Agora,
tenho que saber me adaptar",
disse ele, que apontou o contato quase nulo que os jogadores
do Corinthians tiveram com ele
antes de sua chegada ao clube.
"Isso atrapalha um pouco.
Acontece principalmente porque a maioria dos jogadores só
me conhecia à distância. Agora
é que estão vendo como sou em
campo, como treino e jogo", falou Ronaldo, que fez dois dos
seis gols pelo Corinthians contra Palmeiras e São Paulo.
A próxima oportunidade de o
atacante marcar será no domingo, na Vila Belmiro, contra
o Santos, na partida de ida da final do Paulista. Wilson Luiz Seneme será o árbitro da partida.
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