ANTONIO TORRES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O volante Mauro Silva, 37, tetracampeão mundial com o Brasil em 1994, despediu-se ontem do estádio Riazor, onde nos últimos 13 anos defendeu o La Coruña. O seu time foi batido por 3 a 0 pelo Mallorca. Ele entrou no fim do jogo e foi ovacionado pela torcida.
Mauro Silva, que se aposenta em junho, tornou-se um ídolo inestimável no clube espanhol, pelo qual levantou seis taças, entre elas a do Nacional 1999/2000. Até a sua chegada, o La Coruña não tinha nenhum título.
 

Folha - A Prefeitura de La Coruña vai batizar uma rua com o seu nome. Alguma vez já imaginou algo parecido?
Mauro Silva - É muito legal, são coisas que marcam. Imagina, uma rua em honra de um brasileiro numa cidade européia é algo muito importante. Tenho uma relação muito forte com La Coruña. Mas espero que seja uma rua numa região legal da cidade [risos].

Folha - Quais foram os melhores momentos dos 17 anos de carreira?
Mauro Silva - Lembro da minha época do Bragantino, quando ganhamos o Paulista, sob o comando do Luxemburgo [90]. Depois, com o Parreira, conseguimos o vice do Brasileiro [91]. Mas a melhor lembrança foi o título da Copa de 94. Também foi importante o da Copa América-97.

Folha - E o pior momento?
Mauro Silva - Em 94, quando perdemos o Espanhol na última rodada para o Barça, após liderar todo o campeonato. Foi triste, já que tivemos um pênalti no último minuto de jogo que poderia ter nos dado o título [o zagueiro Djuckic desperdiçou a cobrança contra o Valencia].

Folha - Qual foi o melhor jogador que viu em campo?
Mauro Silva - Maradona, que tive de marcá-lo num Argentina x Brasil. Dos que atuaram comigo, Romário, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho.

Folha - Quais seus planos agora?
Mauro Silva - Ainda não sei... Em junho, vou para o Brasil de férias. Preciso descansar e pensar. Talvez tenha um ano sabático.


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