Atacante do Palmeiras diz que queria socorrer irmão, e caso pára na delegacia

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de se envolver em polêmica ao agredir um colega e ser expulso de um treino, culminando com a sua exclusão do jogo contra o Inter, o atacante Kléber voltou a ganhar o noticiário por mais uma confusão, desta vez fora do campo.
Na madrugada de ontem, na saída de uma casa noturna na zona sul de São Paulo, o jogador, que estava acompanhado do irmão, atropelou um torcedor são-paulino após uma discussão sobre futebol.
Kléber não deu entrevista depois que o fato veio à tona. As declarações dele foram dadas pela assessoria do Palmeiras.
"A certa altura, falávamos sobre a derrota do São Paulo [para o Fluminense], e eu disse que neste ano seria difícil pois era a segunda competição em que o time não chegava às finais. Isso bastou para um torcedor, que se dizia de uma torcida organizada, me ameaçar", afirmou o jogador palmeirense.
A discussão resultou em correria e agressão, e o caso foi parar no 96º Distrito Policial (Brooklin), registrado como lesão corporal, direção perigosa de veículo na via pública e danos. Foi solicitado exame de corpo de delito para as vítimas e perícia para o carro. Jéferson, irmão de Kléber, foi agredido com um soco e registrou um boletim de ocorrência.
Pelo registro, o atropelamento ocorreu na avenida Luís Carlos Berrini, e o carro, um Hyundai, teria ficado danificado. Além disso, o rapaz atropelado, um comerciante de 25 anos, teria sofrido ferimentos leves, mas só foi encaminhado ao hospital depois de o boletim de ocorrência ter sido feito.
O atacante do Palmeiras afirmou que chamou o irmão para ir embora logo que percebeu que o clima ficou ruim.
"Peguei o meu carro e voltei para pegar o meu irmão quando vi uns sete caras correndo atrás dele na avenida. Eles me viram e vieram em minha direção. Ao tentar escapar deles e socorrer meu irmão, acabei encostando o carro em um dos rapazes", contou ele.
De acordo com a assessoria do clube alviverde, o incidente com Kléber não deve prejudicar o atleta. "O Kléber veio para treinar no horário e não há motivo para puni-lo", afirmou o treinador Vanderlei Luxemburgo. Ontem, os jogadores treinaram em dois períodos.
Segundo o gerente de futebol do Palmeiras, Toninho Cecílio, o atacante não será punido, pois esteve no clube e participou dos treinos. "Ele é maduro e sabe o que é bom para sua imagem. Fora do trabalho, o atleta é responsável por suas atitudes", falou o dirigente.


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