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NATAÇÃO
Pega em doping, Julyana Kury acusará médico
Por pena mais branda, nadadora usa em defesa estratégia inédita
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A nadadora Julyana Kury, 20,
pega no antidoping para estanozolol, irá acusar formalmente seu
médico, Fábio Goussain Labat, de
ter-lhe administrado drogas proibidas sem o seu conhecimento.
A denúncia fará parte da defesa
da atleta, cujo caso será examinado hoje, no Rio, pelo Painel de Arbitragem da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.
É a primeira vez que um competidor usará esse expediente no
país. A estratégia da defesa, com
isso, é abreviar a suspensão.
Público, o caso de Julyana poderá ser discutido no Conselho Regional de Medicina do Estado de
São Paulo. Por enquanto, a denúncia, revelada pela Folha, ainda não chegou ao Cremesp.
Procurado para comentar o caso, Labat não foi localizado.
O processo ainda pode ter outros problemas. Segundo a
CBDA, o painel de hoje será técnico. "Não é um julgamento. A partir daí, a confederação aplica a regra. A pena pode ser de dois
anos", diz Coaracy Nunes, presidente da confederação.
Se condenada, ela pode apelar.
Pelo Código Mundial Antidoping, a atleta tem direito a um julgamento em seu país.
O caso já afetou o revezamento
4 x 100 m livre. Segundo a CBDA,
os 3min45s38 do Troféu Brasil
não serão considerados pela federação internacional.
Para o advogado Luciano Hostins, no entanto, a marca pode
não ser anulada. "A urina foi colhida no Troféu Brasil, mas o exame foi fora de competição. Quem
fez o antidoping foi o Comitê
Olímpico Brasileiro, não a CBDA,
responsável pelo evento."
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