Nada pode se comparar a uma boa Libertadores

UNS demoram mais para entender. Outros já tinham a real percepção do que é a Libertadores antes mesmo do início da disputa, em 1960.
Correndo o risco de ser chamado de machista, sexista ou algo assim, comparo a badalada Champions League a uma top model com as consideradas medidas perfeitas, uma linda figura que atende completamente ao vigente padrão de beleza que alguém sentenciou em algum momento.
E tenho a Libertadores como aquela estonteante mulher latina, com todas as curvas e tentações possíveis, provocante e desafiadora ao extremo, nada comportada, alvo de desejo com todas essas "imperfeições".
Que me perdoem as leitoras bravas com essas comparações, mas quero dizer com isso que os dois principais interclubes do planeta são maravilhosos e encantam cada um com seu estilo.
A Libertadores deste ano resgatou a mística de Santos e Peñarol, duas lendas do futebol mundial, assim como em 2010 e em 2009 os mitos do Independiente e do Estudiantes voltaram fortes.
Mas, além de colocar em jogo seu cobiçado troféu, a Libertadores pôs em evidência vulcão chileno, violência no Paraguai, doping do artilheiro do Tolima, ocaso de Ronaldo, escorregão em pênalti derradeiro na Argentina, surpresas negativas em série para brasileiros "favoritos" numa única quarta...
O torneio com nome mais lindo do mundo (inclui outros esportes) não suspende por cartão amarelo, não pune com rigor pedradas, força viagens malucas, tem estádios precários, vê torcidas enlouquecidas com fogos e sinalizadores de todo tipo, é uma provação sem igual.
Hoje em dia, pelo formato das disputas, não há tantas diferenças entre Libertadores e Champions League. Só que essas diferenças rudes, ainda bem, resistem ao tempo, como Santos e Peñarol.
Só quem luta por uma Libertadores sabe o que é...

OBSESSÃO
Imagens da final no Centenario, por Leonardo Lourenço http://is.gd/DTTgPm


Texto Anterior: Final termina em briga generalizada
Próximo Texto: Pacaembu: Torcida se revolta com fechamento dos portões
Índice | Comunicar Erros