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ATLETISMO
Primeiro dia coroa a diversidade no pódio
Brasil e mais cinco países conquistam medalhas
ADALBERTO LEISTER FILHO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
O esporte mais "democrático" do Pan estreou ontem festejando as glórias de países periféricos. O Equador terminou
o primeiro dia do atletismo nos
Jogos do Rio na liderança do
quadro de medalhas (um ouro e
duas pratas). Os EUA, por sua
vez, nem subiram ao pódio.
El Salvador comemorou
muito seu primeiro ouro em
Pans, com Cristina López, na
marcha de 20 km. O Brasil, por
sua vez, obteve uma prata e um
bronze na maratona, com Márcia Narloch e Sirlene Pinho.
Hoje, serão inauguradas as
provas de pista no estádio João
Havelange. O atletismo é o esporte que distribuiu medalhas
a mais países em Pans.
Das 39 nações que haviam
subido ao pódio até o início dos
Jogos, 33 foram premiadas no
atletismo -19 levaram o ouro.
O levantamento de peso vem a
seguir, com 26 países.
As provas de rua de espelharam isso. Na marcha de 20 km,
Cristina López e a boliviana
Geovana Irusta lutaram pelo título até o final. Quem ganhasse
levaria o primeiro ouro da história de seu país.
Geovana chegou a conceder
entrevista como vice-campeã
antes de sofrer nova decepção:
fora desclassificada por ter tirado três vezes os dois pés do
chão, o que não é permitido.
"Em 15 anos de marcha, isso
nunca tinha me acontecido",
afirmou, desolada, a boliviana.
Perto dali, Cristina recebia,
por telefone, felicitações do
presidente salvadorenho, Elías
Antonio Saca. Mas, sua preocupação era com a filha, Monica
Michelle, que está com câncer,
e quase a fez desistir do Pan.
"Essa medalha é importante
para mim e para o meu país."
Festa semelhante faziam os
equatorianos na arquibancada.
Jefferson Pérez, único campeão olímpico da história do
Equador, venceu a marcha
masculina em 1h22min08s,
sendo escoltado por Jaime Saquipay, seu parceiro de treinos.
"Acho que é a primeira vez na
história que o Equador lidera o
atletismo no Pan. Espero que
ganhemos mais medalhas."
Mário dos Santos Jr. ficou
em quarto. Mesma posição de
Tania Spindler no feminino.
Na maratona, Márcia Narloch alternou posição com Mariela González. Em Santo Domingo-03, ela venceu a cubana.
Ontem, foi a vez da caribenha.
"Não treinei nos últimos 15
dias por causa de uma lesão no
nervo ciático. Pensei até em desistir", contou ela, 38, que já
pensa em deixar as pistas.
Todas as atletas passaram
mal após a chegada devido ao
forte calor. Duas vomitaram.
Hoje a diversidade deve ser
vista de novo. Haverá quatro finais com o Brasil em busca do
primeiro ouro. As chances estão no salto com vara (Fabiana
Murer), 10.000 m (Ednalva
Laureano e Lucélia Peres) e
5.000 m (Marilson dos Santos).
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