CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

A seleção de vôlei estréia hoje no Pan em plena crise.
O jogador mais genial do time, o levantador Ricardinho, foi dispensado no sábado do grupo. O que mais chama a atenção nessa história é a maneira inadequada de como a situação foi tratada pela comissão técnica.
Anunciar o corte de Ricardinho só dois dias antes da estréia no Pan e escancarar publicamente uma situação que poderia ser tratada internamente criaram a crise que será difícil de ser superada. E ficou em jogo o futuro do melhor time do mundo nos últimos seis anos.
Bernardinho fala que havia um desgaste na relação e que o levantador andava estressado. Ricardinho conta que, durante a fase da Liga Mundial na Europa, houve atritos, mas nada diferente do normal. Ricardinho tem personalidade forte e, até por ser o capitão, é quem mais questiona e, por conseqüência, entra mais em conflito com Bernardinho. É quem trata com o técnico sobre premiação e folgas do grupo.
O Pan termina no sábado. São só cinco jogos. O próximo torneio com Ricardinho seria a Copa do Mundo, em novembro, tempo suficiente para esfriar as cabeças.


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