São Paulo, segunda-feira, 23 de julho de 2007

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Golaço de Hernanes põe São Paulo de novo no G4

Time de Muricy Ramalho sai atrás no marcador, mas vira jogo contra Cruzeiro

Cruzeiro 1
São Paulo 2

DA REPORTAGEM LOCAL

Na disputa do melhor ataque contra a defesa mais consistente, venceu o time que tem um dos piores sistemas ofensivos deste Brasileiro, o São Paulo.
O golaço de Hernanes, que selou a vitória paulista, foi só o 11º do time na competição. O artilheiro do São Paulo é o goleiro Rogério, com três gols.
E a vitória, de virada, por 2 a 1 ontem à tarde sobre o Cruzeiro, no Mineirão, recolocou o time paulista no grupo dos quatro melhores da competição, agora com 22 pontos. O Cruzeiro continua com 19 pontos, fora da zona de classificação para a Taça Libertadores.
O êxito em Belo Horizonte também pôs fim à fase ruim que vinha acompanhando o time de Muricy Ramalho. Nas últimas três rodadas, sempre jogando no Morumbi, o clube paulista havia somado apenas dois pontos -empatou com Flamengo e Corinthians e perdeu para o Fluminense.
A partida de ontem marcou também a volta do zagueiro Alex Silva ao time tricolor. No entanto o retorno do defensor não foi muito feliz. Com menos de 20 minutos, ele sofreu uma entrada dura de Ramires e torceu o tornozelo direito, tendo de ser trocado por Breno.
E foi Breno, 17, o coadjuvante no gol do Cruzeiro, que saiu na frente no Mineirão.
O zagueiro, que anteontem renovou com o São Paulo até 2011 com uma multa rescisória de US$ 18 milhões (R$ 33,5 milhões) para clubes do exterior, fez uma falta em Roni perto da área. Na batida, Leandro Domingues, 1,72 m, saltou mais que a zaga são-paulina e cabeceou para as redes de Rogério.
"Saímos perdendo por um vacilo nosso mesmo. A nossa defesa é alta e tomamos um gol de um jogador que nem é tão alto", reclamou André Dias, no intervalo da partida.
Errando muito no toque final na primeira etapa, o São Paulo voltou do intervalo mais aguerrido. E Breno teve a oportunidade de se redimir do erro.
Em cobrança de falta de Jorge Wagner, o zagueiro marcou de cabeça, empatando o jogo.
E também foi de Breno o pé salvador logo depois do 1 a 1. O zagueiro tirou em cima da linha o gol de Araújo, que colocaria os cruzeirenses novamente na frente no marcador.
Irritados com o técnico Dorival Júnior, que tirou Roni e colocou o meia Marcinho em campo, os torcedores mineiros passaram a hostilizá-los. E a inquietação da torcida cresceu com a virada dos visitantes.
O volante Hernanes se livrou de dois marcadores e deu belo chute no canto esquerdo de Fábio, que até se esforçou, mas nem encostou na bola: 2 a 1.
"Já faz algum tempo que venho tentando esses chutes de fora da área. Peguei a manha da bola e fui feliz. Foi o gol mais bonito da minha carreira, sem dúvida", comemorou o camisa 26 são-paulino, que dedicou o tento aos familiares.
Ao final da partida, Muricy Ramalho demonstrou insatisfação com o poder ofensivo de sua equipe. "Estamos muito bem em um setor [defesa, que sofreu só cinco gols] e muito mal em outro [ataque, que marcou apenas 11]. O ataque é um setor que precisa melhorar. Está faltando um pouco de tranqüilidade. A ansiedade está atrapalhando", disse o técnico, repetindo discurso antigo.
Na quinta, o São Paulo pega o Sport, em casa. Josué, suspenso na partida de ontem, volta ao time. Mas a zaga pode ter problemas. Breno levou o terceiro cartão amarelo e não joga com os pernambucanos e a lesão no tornozelo de Alex Silva também deixa o beque de fora.
Se quiser manter o esquema com três zagueiros, Muricy pode colocar Edcarlos ao lado de Miranda e André Dias.
Já o Cruzeiro vai até Curitiba e pega o Atlético-PR, na quarta.


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