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Golaço de Hernanes põe São Paulo de novo no G4
Time de Muricy Ramalho sai atrás no marcador, mas vira jogo contra Cruzeiro
Cruzeiro 1
São Paulo 2
DA REPORTAGEM LOCAL
Na disputa do melhor ataque
contra a defesa mais consistente, venceu o time que tem um
dos piores sistemas ofensivos
deste Brasileiro, o São Paulo.
O golaço de Hernanes, que
selou a vitória paulista, foi só o
11º do time na competição. O
artilheiro do São Paulo é o goleiro Rogério, com três gols.
E a vitória, de virada, por 2 a 1
ontem à tarde sobre o Cruzeiro,
no Mineirão, recolocou o time
paulista no grupo dos quatro
melhores da competição, agora
com 22 pontos. O Cruzeiro
continua com 19 pontos, fora
da zona de classificação para a
Taça Libertadores.
O êxito em Belo Horizonte
também pôs fim à fase ruim
que vinha acompanhando o time de Muricy Ramalho. Nas últimas três rodadas, sempre jogando no Morumbi, o clube paulista havia somado apenas
dois pontos -empatou com
Flamengo e Corinthians e perdeu para o Fluminense.
A partida de ontem marcou
também a volta do zagueiro
Alex Silva ao time tricolor. No
entanto o retorno do defensor
não foi muito feliz. Com menos
de 20 minutos, ele sofreu uma
entrada dura de Ramires e torceu o tornozelo direito, tendo
de ser trocado por Breno.
E foi Breno, 17, o coadjuvante
no gol do Cruzeiro, que saiu na
frente no Mineirão.
O zagueiro, que anteontem
renovou com o São Paulo até
2011 com uma multa rescisória
de US$ 18 milhões (R$ 33,5 milhões) para clubes do exterior,
fez uma falta em Roni perto da
área. Na batida, Leandro Domingues, 1,72 m, saltou mais
que a zaga são-paulina e cabeceou para as redes de Rogério.
"Saímos perdendo por um
vacilo nosso mesmo. A nossa
defesa é alta e tomamos um gol
de um jogador que nem é tão alto", reclamou André Dias, no
intervalo da partida.
Errando muito no toque final
na primeira etapa, o São Paulo
voltou do intervalo mais aguerrido. E Breno teve a oportunidade de se redimir do erro.
Em cobrança de falta de Jorge Wagner, o zagueiro marcou
de cabeça, empatando o jogo.
E também foi de Breno o pé
salvador logo depois do 1 a 1. O
zagueiro tirou em cima da linha
o gol de Araújo, que colocaria os
cruzeirenses novamente na
frente no marcador.
Irritados com o técnico Dorival Júnior, que tirou Roni e colocou o meia Marcinho em
campo, os torcedores mineiros
passaram a hostilizá-los. E a inquietação da torcida cresceu
com a virada dos visitantes.
O volante Hernanes se livrou
de dois marcadores e deu belo
chute no canto esquerdo de Fábio, que até se esforçou, mas
nem encostou na bola: 2 a 1.
"Já faz algum tempo que venho tentando esses chutes de
fora da área. Peguei a manha da
bola e fui feliz. Foi o gol mais
bonito da minha carreira, sem
dúvida", comemorou o camisa
26 são-paulino, que dedicou o
tento aos familiares.
Ao final da partida, Muricy
Ramalho demonstrou insatisfação com o poder ofensivo de
sua equipe. "Estamos muito
bem em um setor [defesa, que
sofreu só cinco gols] e muito
mal em outro [ataque, que marcou apenas 11]. O ataque é um
setor que precisa melhorar. Está faltando um pouco de tranqüilidade. A ansiedade está
atrapalhando", disse o técnico,
repetindo discurso antigo.
Na quinta, o São Paulo pega o
Sport, em casa. Josué, suspenso
na partida de ontem, volta ao time. Mas a zaga pode ter problemas. Breno levou o terceiro
cartão amarelo e não joga com
os pernambucanos e a lesão no
tornozelo de Alex Silva também deixa o beque de fora.
Se quiser manter o esquema
com três zagueiros, Muricy pode colocar Edcarlos ao lado de
Miranda e André Dias.
Já o Cruzeiro vai até Curitiba
e pega o Atlético-PR, na quarta.
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