São Paulo, segunda-feira, 23 de agosto de 2004

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VÔLEI

Único invicto, Brasil espera norte-americanas no mata-mata

EDGARD ALVES
ENVIADO ESPECIAL A ATENAS

A seleção brasileira de vôlei só ganhou. Foi bom. Mas agora começa o mata-mata, ou seja, não pode perder se quiser arrebatar a inédita medalha de ouro no torneio olímpico feminino. Essa fase decisiva tem início já amanhã, contra o time dos EUA.
As norte-americanas lideram o ranking mundial, com as brasileiras em segundo lugar. No último confronto entre os dois times, nas finais do Grand Prix na Itália, no mês passado, as brasileiras ficaram com a vitória e depois conquistaram o título.
O Brasil é a única seleção ainda invicta na competição. Ontem, na despedida da fase de classificação, assegurou a primeira posição do Grupo A com vitória sobre a Coréia do Sul, por 3 a 0, no ginásio Paz e Amizade, em Atenas.
Antes havia vencido o Japão (3 a 0), Quênia (3 a 0), Itália (3 a 2) e Grécia (3 a 0). Um saldo positivo de 15 sets em 17 disputados.
O confronto com as sul-coreanas provocou um leve susto no início, quando, após vantagem por 8 a 4, as brasileiras permitiram que as rivais virassem. Bastou um tempo pedido pelo técnico José Roberto Guimarães, e a equipe recuperou o equilíbrio.
Fechou o primeiro set (25 a 19) e o segundo (25 a 18), sem dificuldades. O último set mostrou reação das coreanas, e o placar chegou a ficar empatado em 22, mas as brasileiras concluíram com 25 a 23, em uma hora e 12 minutos.
A levantadora Fernanda Venturini, a mais experiente do time brasileiro, saiu da quadra após a vitória ainda sem saber quem seria o próximo rival. Utilizou o surrado jargão de que quem quer medalha não escolhe oponente.
"É entrar na quadra e fazer o nosso jogo. Aqui, todas as adversárias são difíceis", falou.
Sobre os EUA, ela destacou que a campanha irregular que o time vinha realizando em Atenas era difícil de entender. As americanas garantiram a classificação ao derrotar as cubanas por 3 a 0 (25 a 22, 25 a 12 e 25 a19), ontem.
A oposto Mari, apontada por Zé Roberto como uma das responsáveis pelo bom desempenho contra as coreanas, elogiou os EUA.
"Além de altas e fortes, defendem muito bem", afirmou.
Já a líbero Arlene disse que os EUA é o tipo de equipe que melhora de rendimento durante a competição, embora tenha apresentado falhas no início do torneio, quando ganhou apenas dois de cinco jogos.
A ponta Érika também preferiu falar do Brasil: "Estamos bem na defesa e concentradas. Isso é bom para a próxima fase".
Arlene também seguiu a linha de pensamento da companheira: "É só manter a concentração nos momentos decisivos, não perder a tranqüilidade. As partes física e técnica estão ótimas".


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