|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔLEI
Único invicto, Brasil espera norte-americanas no mata-mata
EDGARD ALVES
ENVIADO ESPECIAL A ATENAS
A seleção brasileira de vôlei só
ganhou. Foi bom. Mas agora começa o mata-mata, ou seja, não
pode perder se quiser arrebatar a
inédita medalha de ouro no torneio olímpico feminino. Essa fase
decisiva tem início já amanhã,
contra o time dos EUA.
As norte-americanas lideram o
ranking mundial, com as brasileiras em segundo lugar. No último
confronto entre os dois times, nas
finais do Grand Prix na Itália, no
mês passado, as brasileiras ficaram com a vitória e depois conquistaram o título.
O Brasil é a única seleção ainda
invicta na competição. Ontem, na
despedida da fase de classificação,
assegurou a primeira posição do
Grupo A com vitória sobre a Coréia do Sul, por 3 a 0, no ginásio
Paz e Amizade, em Atenas.
Antes havia vencido o Japão (3 a
0), Quênia (3 a 0), Itália (3 a 2) e
Grécia (3 a 0). Um saldo positivo
de 15 sets em 17 disputados.
O confronto com as sul-coreanas provocou um leve susto no
início, quando, após vantagem
por 8 a 4, as brasileiras permitiram que as rivais virassem. Bastou um tempo pedido pelo técnico José Roberto Guimarães, e a
equipe recuperou o equilíbrio.
Fechou o primeiro set (25 a 19) e
o segundo (25 a 18), sem dificuldades. O último set mostrou reação das coreanas, e o placar chegou a ficar empatado em 22, mas
as brasileiras concluíram com 25
a 23, em uma hora e 12 minutos.
A levantadora Fernanda Venturini, a mais experiente do time
brasileiro, saiu da quadra após a
vitória ainda sem saber quem seria o próximo rival. Utilizou o surrado jargão de que quem quer
medalha não escolhe oponente.
"É entrar na quadra e fazer o
nosso jogo. Aqui, todas as adversárias são difíceis", falou.
Sobre os EUA, ela destacou que
a campanha irregular que o time
vinha realizando em Atenas era
difícil de entender. As americanas
garantiram a classificação ao derrotar as cubanas por 3 a 0 (25 a 22,
25 a 12 e 25 a19), ontem.
A oposto Mari, apontada por Zé
Roberto como uma das responsáveis pelo bom desempenho contra as coreanas, elogiou os EUA.
"Além de altas e fortes, defendem muito bem", afirmou.
Já a líbero Arlene disse que os
EUA é o tipo de equipe que melhora de rendimento durante a
competição, embora tenha apresentado falhas no início do torneio, quando ganhou apenas dois
de cinco jogos.
A ponta Érika também preferiu
falar do Brasil: "Estamos bem na
defesa e concentradas. Isso é bom
para a próxima fase".
Arlene também seguiu a linha
de pensamento da companheira:
"É só manter a concentração nos
momentos decisivos, não perder
a tranqüilidade. As partes física e
técnica estão ótimas".
Texto Anterior: Dupla masculina vinga colegas e tenta pódio hoje Próximo Texto: O personagem: "Expert" em homens, Zé Roberto diz que é difícil treinar mulher Índice
|