São Paulo, terça-feira, 23 de agosto de 2011

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Brasil abre espaço nos quimonos

JUDÔ
Após conseguir mudar regra internacional, time terá mais patrocinadores no uniforme


Rodrigo Capote - 10.ago.11/Folhapress
O peso absoluto Daniel Hernandes participa de treino da seleção de judô

EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC

Os judocas brasileiros disputam, a partir de hoje, o Mundial, em Paris. Fora dos tatames, após ter conseguido alterar o regulamento mundial, a confederação brasileira trabalha para acomodar os nomes de seus patrocinadores nos quimonos dos atletas.
A CBJ conta com um patrocinador máster, dois oficiais, cinco parceiros e uma fornecedora. É o maior número de empresas a apoiar uma confederação nacional no Brasil.
Em segundo lugar está a Confederação Brasileira de Vôlei, que em seu site oficial diz ter um patrocinador máster, um oficial, dois fornecedores e um "apoio".
A Folha apurou que foi a partir de sugestão dos brasileiros que, no início do ano, foi aprovada pelo Comitê Executivo da Federação Internacional de Judô nova regra que permite mais de um patrocinador nos ombros dos uniformes, local de mais destaque.
Antes era permitido estampar apenas uma marca nessas áreas do quimono, além das que aparecem nas mangas, em tamanho menor.
A mudança não alterou a localização dos patrocínios e tampouco a metragem ocupada, preocupação dos dirigentes mais tradicionalistas.
"Tínhamos a capacidade de capturar recursos, mas não tínhamos como vender mais patrocínios. A forma foi abrir espaço", argumenta Paulo Vanderlei Teixeira, presidente da confederação.
Foi a alteração que facilitou a negociação com a Sadia, que, ao lado da Infraero, é uma patrocinadora máster.
O dirigente quer aproveitar, na França, a proximidade com a cúpula do esporte para sugerir mais mudanças.
Quer propor que os espaços nos braços sejam subdivididos para que todos os parceiros tenham visibilidade.
Ao contrário da maioria das confederações nacionais, a CBJ não depende apenas da Lei Piva -verba das loterias.
"Não podemos nos esquecer da Lei Piva, graças a ela que nos estruturamos até chegar aqui. Mas o que recebemos hoje das loterias representa 20%, 18% de nosso orçamento", diz Teixeira, cuja entidade tem previsão de receber cerca de R$ 12 milhões neste ano em patrocínios.
"Podemos não ter o maior patrocínio em números absolutos. Mas, pelo menos, se perdêssemos um deles, não seria aquele desespero atrás de parceiros", diz Teixeira, ao invocar prática recomendada no mercado financeiro: a diversificação de riscos.


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